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México põe militares na fronteira com a Guatemala para travar migrantes

O México colocou militares ao longo da sua fronteira com a Guatemala, após a notícia da chegada de uma caravana humana de migrantes hondurenhos que cruzam a Guatemala na tentativa de chegarem aos Estados Unidos.

México põe militares na fronteira com a Guatemala para travar migrantes
Notícias ao Minuto

06:33 - 03/10/20 por Lusa

Mundo Guatemala

"Haverá centenas de membros dos serviços de imigração, da Guarda Nacional e das Forças Armadas", disse na sexta-feira o diretor do Instituto Nacional para as Migrações (INM), Francisco Garduño.

"Não vão passar", garantiu à imprensa, apelando aos migrantes que "respeitem a lei da imigração".

"Não é crime entrar no país, mas deve ser feito com total respeito pela lei. Bem-vindos a todos, mas com ordem", acrescentou Garduño.

No início da manhã, o Presidente mexicano Andres Manuel Lopez Obrador, tinha sugerido que a caravana tivesse sido formada com o objetivo de envolver o México na campanha presidencial dos Estados Unidos.

"É muito estranho que esta caravana saia em vésperas das eleições nos Estados Unidos (...) Não tenho todos os elementos mas acredito que há pistas (que mostram) que foi formada para esse fim", disse o Presidente mexicano.

De acordo com imagens transmitidas por emissoras de televisão locais, funcionários da imigração e militares patrulham as margens do rio Suchiate, que separa o México da Guatemala e desagua no oceano Pacífico.

Pelo menos 3.000 migrantes indocumentados hondurenhos atravessaram na quinta-feira, numa caravana humana, a fronteira para a Guatemala rumo aos Estados Unidos da América.

Os migrantes tinham deixado San Pedro Sula, a segunda maior cidade das Honduras, 180 quilómetros a norte de Tegucigalpa, capital do país, na quarta-feira à noite, numa tentativa de chegar aos Estados Unidos para escapar à pobreza e violência no país centro-americano.

O Instituto Guatemalteco das Migrações disse hoje aos jornalistas que às 11:45 (18:45 em Lisboa) aproximadamente 3.000 pessoas tinham entrado de manhã, em diferentes alturas, na Guatemala, através da fronteira de El Corinto, localizada a 250 quilómetros a leste da capital do país.

A organização informou que os hondurenhos avançaram ilegalmente para o país e divulgou vários vídeos nos quais se vê um grande grupo de pessoas a atravessar a fronteira, sem que as autoridades as conseguissem impedir.

"Os [migrantes] que se estão a aproximar dos controlos de imigração são poucos", adiantou o Instituto Guatemalteco de Migração.

De acordo com a mesma fonte, não está a ser pedido aos migrantes o resultado do teste à covid-19 para entrar no território, como passou a ser obrigatório após a reabertura das fronteiras, em 18 de setembro.

A Ministra da Saúde da Guatemala, Amelia Flores, afirmou a uma estação de rádio que os migrantes são obrigados a apresentar um teste "PCR ou antigénio" para detetar a covid-19, de forma poderem entrar no país.

A falta de emprego, insegurança e violência criminosa são as razões pelas quais muitos hondurenhos migram todos os dias para outros locais, de acordo com fontes de entidades de direitos humanos.

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