Minsk chama embaixadores na Polónia e Lituânia "para consultas"
A Bielorrússia anunciou hoje ter chamado "para consultas" os seus embaixadores na Polónia e Lituânia, dois países que apoiam ativamente o movimento de protesto contra o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
© Getty Images
Mundo Bielorrússia
Os diplomatas vão ser convocados na segunda-feira, anunciou o porta-voz da diplomacia bielorrussa, Alexandre Glaz, citado pela agência estatal Belta, convidando também Vilnius e Varsóvia a convocarem os seus embaixadores em Minsk.
Os embaixadores da Polónia e da Lituânia na Bielorrússia foram convocados hoje pelo Ministério de Negócios Estrangeiros da Bielorrússia, que denunciou o "papel particularmente destrutivo" desses dois países, acrescentou Glaz.
Minsk exigiu ainda que as duas embaixadas reduzissem o seu quadro de funcionários na Bielorrússia: de 50 para 18 diplomatas para a Polónia e de 25 para 14 para a Lituânia, segundo Glaz.
Desde agosto que a Lituânia acolhe a opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya, rival de Lukashenko.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, encontrou-se com ela em Varsóvia no início de setembro, garantindo que a Polónia estava aberta aos bielorrussos que lutam por "mudanças".
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Linas Linkevicius, disse hoje estar "dececionado" com a decisão de Minsk, mas indicou que, em troca, Vilnius não planeia chamar de volta o seu embaixador ou cortar relações diplomáticas com a Bielorrússia.
"Não estamos interessados em reduzir os canais de informação", afirmou Linkevicius aos jornalistas, acrescentando que o desejo de reduzir as relações diplomáticas era "um sinal de fraqueza, mais do que um sinal de força".
A retirada dos embaixadores junta-se assim ao anúncio de sanções por parte de Minsk, em respostas às que foram impostas pela União Europeia a autoridades bielorrussas, acusadas de repressão contra a oposição ou falsificação do resultado das eleições presidenciais de 09 de agosto.
As presidenciais de 09 de agosto na Bielorrússia deram a vitória a Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, atribuindo-lhe 80% dos votos e 10% à sua principal rival, Svetlana Tikhanovskaya.
As eleições foram, no entanto, consideradas fraudulentas, sendo contestadas pela oposição e não reconhecidas pela UE e, desde então, têm-se multiplicado as manifestações nas ruas da Bielorrússia, apesar das repressões das autoridades.
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