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Nagorno-Karabakh: Putin, Trump e Macron exigem cessar-fogo "imediato"

Os Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, dos EUA, Donald Trump, e de França, Emmanuel Macron, pediram hoje ao Azerbaijão e Arménia um "imediato" cessar-fogo, em particular no enclave separatista do Nagorno-Karabakh, palco de combates desde domingo.

Nagorno-Karabakh: Putin, Trump e Macron exigem cessar-fogo "imediato"
Notícias ao Minuto

14:17 - 01/10/20 por Lusa

Mundo Diplomacia

"Também apelamos aos dirigentes da Arménia e Azerbaijão a assumirem a obrigação de reiniciar as negociações para uma solução com a colaboração dos copresidentes do Grupo de Minsk da OSCE [Organização para a Segurança e Cooperação na Europa], de boa fé e sem impor condições prévias", assinalaram os três chefes de Estado numa declaração conjunta divulgada pelo Kremlin.

Os três países condenaram "firmemente" a escalada militar na fronteira entre os dois países no Nagorno-Karabakh, uma zona de disputa entre arménios e azeris desde 1988.

No centro das deterioradas relações entre Erevan e Baku encontra-se a região do Nagorno-Karabakh, no Cáucaso do Sul onde colidem os interesses de diversas potências, em particular Turquia, Rússia, Irão e países ocidentais.

Este território de maioria arménia, integrado em 1921 no Azerbaijão pelas autoridades soviéticas, proclamou unilateralmente a independência em 1991 com o apoio da Arménia.

Na sequência da uma guerra que provocou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite a mediação do Grupo de Minsk, (Rússia, Estados Unidos, França), constituído no seio da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). No entanto, as escaramuças armadas permaneceram frequentes.

Em julho deste ano, os dois países envolveram-se em confrontos a uma escala mais reduzida que provocaram cerca de 20 mortos. Os combates recentes mais significativos remontam abril de 2016, com um balanço de 110 mortos.

A Arménia, país cristão desde o século IV, registou uma história tumultuosa desde a sua independência em 1991.

Na primavera de 2018, uma revolução pacífica levou ao poder o atual primeiro-ministro Nikol Pashinyan, que impôs reformas destinadas a democratizar as instituições e combater a corrupção.

O Azerbaijão, um país com população de maioria muçulmana xiita e junto ao mar Cáspio, permanece desde 1993 sob o controlo de uma única família. Heydar Aliyev, um antigo general do KGB soviético, dirigiu o país com mão de ferro até outubro de 2003, cedendo o poder ao seu filho Ilham algumas semanas antes de morrer.

À semelhança de seu pai, Ilham Aliyev não permitiu o surgimento de qualquer oposição. Em 2017, designou a sua mulher Mehriban para vice-Presidente do país, a primeira mulher a assumir este cargo no país do Cáucaso do sul.

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