UNICEF também anuncia investigação a alegados abusos sexuais na RDCongo

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) anunciou hoje uma investigação aos alegados abusos sexuais contra mulheres na República Democrática do Congo (RDCongo) no contexto da resposta à epidemia de Ébola.

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© Getty Images

Lusa
30/09/2020 22:41 ‧ 30/09/2020 por Lusa

Mundo

Ébola

 

A UNICEF está chocada por "pessoas que se tenham apresentado como funcionários" da organização e "tenham abusado de mulheres vulneráveis na República Democrática do Congo", de acordo com um comunicado.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) anunciou hoje a realização de um inquérito e na terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS) também informou que vai investigar as alegações de exploração e agressões sexuais.

Os anúncios surgem depois da publicação, na terça-feira, de uma investigação feita pela agência noticiosa humanitária The New Humanitarian (TNH) e pela Fundação Thomson Reuters.

A investigação, que durou meses, encontrou mais de 50 mulheres que acusam funcionários da OMS e de organizações não-governamentais (ONG) envolvidas na luta contra o Ébola de exploração sexual entre 2018 e 2020.

"Temos tolerância zero para a exploração e abuso sexual, levamos todas as acusações muito a sério e haverá consequências graves para qualquer membro do pessoal que possa ter abusado sexualmente de pessoas", promete a UNICEF.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância pede às vítimas para se apresentarem e garante ter há dois anos um sistema seguro, para que mulheres e crianças possam denunciar tais atos em segurança, mas também formação obrigatória para aumentar a sensibilização para a questão.

"É evidente que isto não é suficiente e precisamos de fazer mais, especialmente a nível comunitário", reconhece a organização.

A UNICEF não revela pormenores sobre o número de funcionários acusados de perpetrar estes abusos.

A República Democrática do Congo está a combater uma nova epidemia de Ébola, a décima primeira a atingir o país, que já provocou 50 mortes desde junho.

A anterior tinha causado 2.287 mortes em 3.470 casos entre agosto de 2018 e junho último.

Para combater a epidemia foram investidos mil milhões de dólares (853 milhões de euros).

O vírus do Ébola é transmitido por contacto direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infetados, causando hemorragia grave e tem uma taxa de mortalidade de 90%.

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