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Covid-19. Vigilância vai apertar após camas lotadas em Maputo

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que todas as camas preparadas para os cuidados intensivos de covid-19 em Maputo já estão ocupadas, avisando que as autoridades vão "apertar" no controlo das medidas de prevenção do novo coronavírus.

Covid-19. Vigilância vai apertar após camas lotadas em Maputo
Notícias ao Minuto

17:17 - 30/09/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"A taxa de ocupação de camas na cidade de Maputo triplicou nas últimas três semanas e todas as camas dos cuidados intensivos estão ocupadas", afirmou Filipe Nyusi.

O boletim diário do Ministério da Saúde indica que há 49 pessoas internadas em Maputo devido à covid-19, sem especificar em que unidades - no resto do país há apenas mais um internamento, em Nampula.

Nyusi manifestou preocupação com o aumento do número de infeções pelo novo coronavírus, principalmente em Maputo, numa alocução à margem do discurso que proferiu hoje durante o lançamento de leilões para o licenciamento de projetos de energias renováveis.

"Aqui em Maputo, onde temos mais capacidade do que no resto do país, todas as camas que tinham sido preparadas estão ocupadas", frisou.

Face a essa situação, os novos casos de doença de covid-19 não terão possibilidade de ser encaminhados para internamento hospitalar em Maputo ou de ter assistência com um ventilador usado para respiração assistida em caso de doença pelo novo coronavírus, acrescentou.

O chefe de Estado moçambicano criticou o desrespeito pelas medidas de prevenção da covid-19, asseverando que as autoridades vão ser rigorosas no controlo do comportamento das populações face à pandemia.

"Quando decidimos relaxar ou desconfinar, as pessoas pensaram que a doença acabou. Não acabou e está a matar. Face ao que verificámos no final da última semana, vamos, a partir de hoje, apertar mais as medidas de fiscalização e responsabilização", avisou .

Filipe Nyusi alertou para o perigo de comparações entre o número de infeções e de óbitos em Moçambique com os de África Austral e de outras partes do mundo, defendendo que a relativa menor taxa de letalidade no país não deve ser motivo de relaxamento.

O chefe de Estado moçambicano censurou em particular a conduta de banhistas nas praias, reprovando a falta de uso de máscara e a falta de distanciamento social.

Filipe Nyusi voltou a ameaçar com o encerramento das praias, avançando que recebeu "conselhos nesse sentido", mas preferiu confiar na "consciência de prevenção dos moçambicanos".

Nyusi frisou ainda que o uso de máscara não deve ser objeto de negociação nos ajuntamentos públicos, principalmente nos transportes públicos e nos mercados.

Moçambique contabiliza um total acumulado de 8.728 casos de covid-19 e 61 óbitos.

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