"O emir do Kuwait era um símbolo extraordinário de sabedoria e generosidade, um mensageiro da paz, um construtor de pontes", salientou Guterres durante uma conferência de imprensa pouco depois de ter sido conhecida a morte do líder de 91 anos.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas destacou o trabalho de Al Sabah ao longo de muitos anos na resposta a situações de crise e acrescentou que "milhões de pessoas" foram salvas pela ajuda que prestou em situações de conflito ou desastres naturais.
"Ele esteve sempre na linha da frente na mobilização da comunidade internacional em atos de solidariedade com os necessitados", recordou Guterres.
O emir kuwaitiano morreu aos 91 anos nos Estados Unidos, para onde viajou em julho para receber tratamento médico, após ter sido operado em casa, anunciou a Corte Real.
Al Sabah (1929-2020) subiu ao trono em janeiro de 2006 e trouxe alguma abertura ao Kuwait enquanto mediou várias crises no Golfo, mas morreu sem ser capaz de resolver o cisma entre os seus vizinhos Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, por um lado, e o Qatar, por outro.
O príncipe herdeiro, o xeque Nawaf al-Ahmad al-Jaber al-Sabah, foi nomeado hoje pelo Governo emir do Koweit, sucedendo ao seu meio-irmão.