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Macron faz duras criticas a manter sessão plenária do PE em Bruxelas

O Presidente francês criticou hoje duramente a decisão de manter a próxima sessão plenária do Parlamento Europeu (PE) em Bruxelas, alertando que tal decisão pode abrir um precedente preocupante e "arruinar" o diálogo no seio da Europa.

Macron faz duras criticas a manter sessão plenária do PE em Bruxelas
Notícias ao Minuto

17:47 - 29/09/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"Se o Parlamento Europeu se reunir apenas em Bruxelas, estamos arruinados", afirmou Emmanuel Macron, um dia depois do presidente da assembleia europeia, David Sassoli, ter anunciado que a próxima sessão plenária do PE, no início de outubro, irá realizar em Bruxelas em vez de na cidade francesa de Estrasburgo, devido ao aumento de casos da doença covid-19 em França.

"Neste momento, defendo veementemente a ideia de que o PE se reúna em Estrasburgo", prosseguiu o chefe de Estado francês, que falava diante uma plateia de estudantes no segundo dia de uma visita oficial à Lituânia.

E frisou: "Se aceitarmos que o PE só se reúna em Bruxelas, estamos arruinados, porque daqui a dez anos tudo estará em Bruxelas. E as pessoas só falarão umas com as outras em Bruxelas. Não é disto que se trata a Europa".

Também presente na capital lituana, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus francês, Clément Beaune, reagiu, através da rede social Twitter, ao anúncio de David Sassoli.

"Apoio inabalável, imperativo de um regresso rápido" do Parlamento a Estrasburgo, defendeu Clément Beaune no Twitter.

"Infelizmente, dado o aumento da taxa de transmissão do vírus em França, incluindo no Baixo Reno, e à luz de recomendações de saúde pública, temos de reconsiderar a deslocação de eurodeputados e pessoal do Parlamento Europeu", afirmou David Sassoli numa declaração divulgada na segunda-feira.

Como tal, segundo acrescentou Sassoli, a próxima sessão plenária da instituição, que decorre entre segunda e quinta-feira da próxima semana (05 a 08 de outubro), "terá lugar em Bruxelas".

Esta é a primeira sessão plenária do mês, havendo uma segunda no final de outubro.

"Todos nós temos uma forte convicção sobre Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu: para além da obrigação legal de realizar os nossos períodos de sessões em Estrasburgo, é nosso sincero desejo de regressar à cidade que, como nenhuma outra, promove o encontro dos nossos países europeus", ressalvou ainda o presidente da assembleia europeia.

Desde o início do surto de covid-19, todas as sessões do PE têm vindo a ser realizadas em Bruxelas, essencialmente com participações por videoconferência, o que levou à interrupção temporária das habituais idas a Estrasburgo, como previsto nos tratados.

Com uma fatia importante da economia da cidade francesa a depender das sessões da assembleia europeia - em negócios como hotéis, restaurantes, transporte, entre outros -, as autoridades francesas têm pressionado o Parlamento Europeu para retomar ali as suas sessões plenárias, mas o aumento das infeções com o novo coronavírus impossibilitou-o.

Os últimos números oficiais relativos a França, conhecidos na segunda-feira, indicavam que o país tinha registado 4.070 novos contágios e 81 mortes pelo novo coronavírus num período de 24 horas, aumentando o total de casos para 542.639 e de óbitos para 31.808 desde o início da pandemia.

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