A explosão ocorreu numa área remota do distrito de Kijran, na província de Daikundi, quando 18 pessoas viajavam em direção a um santuário, afirmou à agência espanhola Efe um porta-voz da polícia regional, Gulaqa Sijadi.

"Infelizmente, nesta explosão morreram 15 pessoas, incluindo sete mulheres e seis crianças, e três outras crianças ficaram feridas", afirmou.

As vítimas eram membros de várias famílias.

O distrito de Kujran faz fronteira com várias zonas inseguras na província de Helmand, no sul do país, onde os talibãs controlam muitas áreas.

O porta-voz do governador de Daikundi, Abas Kamyar, explicou que os serviços de segurança estão ainda a investigar a explosão para saber mais detalhes, por isso evitou culpar qualquer um dos grupos armados ativos no país.

No entanto, O Ministério do Interior afegão responsabilizou diretamente os insurgentes pelo que aconteceu, como parte de uma "série recente de crimes dos talibãs contra civis no país".

"Nos últimos seis meses, devido aos ataques terroristas dos talibãs, 3.050 compatriotas morreram ou ficaram feridos", assegurou, em comunicado, um porta-voz do Ministério do Interior, Tariq Arian.

As minas, assim como outros artefactos explosivos nas estradas, são conhecidas como uma das táticas mais utilizadas pelos talibãs contra as forças de segurança.

Este incidente ocorreu enquanto representantes do Governo afegão e rebeldes talibãs estão a realizar reuniões iniciais em Doha, no Catar, como parte das negociações de paz, que começaram este mês.

Tanto o Governo como os talibãs asseguram que se encontram agora numa posição defensiva neste conflito, que atinge o Afeganistão há 19 anos, enquanto o anúncio de um cessar-fogo permanente se tornou um dos principais objetivos para continuar a avançar com garantias nas negociações.

Leia Também: Negociações com talibãs paradas por atrasos na libertação de presos