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Padre condenado por interromper aborto legal há 15 anos no Brasil

O clérigo terá agora de pagar uma indeminização à vítima de cerca de 600 mil euros. A mulher acabou por ter o bebé que sofria de uma condição. Recém-nascido viveu pouco mais de uma hora.

Padre condenado por interromper aborto legal há 15 anos no Brasil
Notícias ao Minuto

22:52 - 28/09/20 por Notícias ao Minuto

Mundo Brasil

Um padre foi condenado, esta segunda-feira, por interromper um aborto legal em Goiânia, no Brasil. Após ter ido até aos últimos recursos, Luiz Carlos Lodi da Cruz vai ter de pagar agora uma indemnização à vítima no valor de 400 mil reais (cerca de 600 mil euros) por danos morais.

De acordo com a G1, o processo começou em 2008 e o caso chegou em 2016 ao Supremo Tribunal Federal (STF), que concordou com a condenação. Desde então, a defesa do padre tem interposto vários recursos, todos negados, sendo que só agora é que foram esgotadas todas as ferramentas judiciais da defesa. O crime foi cometido em 2005 e só hoje é que o processo terminou. 

Até ao momento, os representantes legais do padre ainda não se pronunciaram sobre a condenação. 

Contudo, logo no início do processo, Luiz Carlos Lodi da Cruz chegou a dizer que não se arrependia de nada porque tinha zelado por uma vida. Vários fiéis já se ofereceram para doar dinheiro ao padre, a fim deste pagar a indemnização, mas o clérigo recusou.  

Entretanto, várias associações criaram também o Fundo Vivas para ajudar a vítima a pagar contas judiciais e apoiar outras gestantes em situações parecidas.

O aborto em causa decorreu em 2005. A vítima, na altura de 19 anos, engravidou do marido e, durante a gestação, foi informada pelos médicos que o seu bebé sofria do síndrome conhecido como Body Stalk e que iria morrer assim que nascesse. No momento em que estava a realizar o aborto, o padre pediu uma ordem judicial provisória que obrigou a equipe médica a interromper o uso da medicação, quando já havia início de dilatação. No dia seguinte, a recorrente foi mandada para casa, perdendo o apoio técnico da equipe médica. Oito dias depois a mulher teve o bebé, que viveu uma hora e 40 minutos.

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