Nagorno-Karabakh: Presidente turco pede fim da "ocupação" arménia
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje o fim da "ocupação" arménia da região de Nagorno-Karabakh para acabar com a luta entre separatistas apoiados pela Arménia e as forças do Azerbaijão.
© Presidential Press Office/Handout via REUTERS
Mundo Nagorno-Karabakh
"Está na altura de terminar esta crise, que começou com a ocupação da região de Nagorno-Karabakh. Assim que a Arménia deixar o território que ocupa, a região vai recuperar a paz e a harmonia", disse Erdogan, cujo país é o principal apoiante do Azerbaijão neste conflito.
"Qualquer outra proposta não só seria injusta e ilegal, mas equivaleria a continuar a mimar a Arménia", acrescentou.
A Turquia considera que a Arménia "ocupa" Nagorno-Karabakh através dos separatistas hostis a Baku, que se autoproclamaram uma república em 1991, após a queda da União Soviética.
"A Turquia vai continuar ao lado do país irmão e amigo que é o Azerbaijão, com toda a dedicação e por todos os meios", acrescentou o Presidente turco, reiterando o forte apoio do seu país a Baku desde o início desta crise.
Dezenas de pessoas morreram nas últimas 24 horas em confrontos entre forças do Azerbaijão e os separatistas de Nagorno-Karabakh apoiados pela Arménia , de acordo com relatos hoje divulgados.
A situação aumenta o receio de uma guerra aberta entre os dois países.
Nagorno-Karabakh é uma região separatista do Azerbaijão, povoada principalmente por arménios e apoiada pela Arménia.
Foi o cenário de uma guerra no início dos anos 90, na qual morreram 30.000 pessoas, e desde então as autoridades azeris têm tentado recuperar o seu controlo, se necessário pela força, enquanto as conversações de paz permanecem num impasse há vários anos.
Os combates ocorrem regularmente entre separatistas e azerbaijaneses, bem como entre Yerevan e Baku.
Em 2016, os graves confrontos armados quase degeneraram numa guerra em Karabakh e, em julho de 2020, registaram-se igualmente combates entre arménios e azerbaijaneses na sua fronteira.
Uma guerra aberta entre os dois países poderá causar uma grave desestabilização da região, especialmente se a Turquia e a Rússia, que têm interesses divergentes no sul do Cáucaso, resolverem intervir no conflito.
A União Europeia considerou hoje a situação em Karabakh "muito preocupante" e avisou que qualquer interferência na região "é inaceitável".
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