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Macron encontrar-se-á com Svetlana Tikhanovskaya, "se esta o solicitar"

O Presidente francês, Emmanuel Macron, "encontrará a opositora" bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya durante a sua viagem aos países bálticos "se esta o solicitar", disse o porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal.

Macron encontrar-se-á com Svetlana Tikhanovskaya, "se esta o solicitar"
Notícias ao Minuto

13:52 - 28/09/20 por Lusa

Mundo França

A  líder da oposição bielorrussa, Svetlana Tikhanovskaya, apelara já hoje ao Presidente francês para que seja o mediador na crise da Bielorrússia, manifestando o desejo de se encontrar com Mácron durante a sua visita à Lituânia, prevista para hoje e terça-feira.

A opositora encontra-se na Lituânia desde 11 de agosto, dois dias após as Presidenciais na Bielorrússia.

"Precisamos urgentemente de mediação para evitar que mais sangue seja derramado. Macron pode ser esse mediador e pode influenciar Putin, com quem tem boas relações", disse hoje Svetlana Tikhanovskaya.

"Solicitámos essa reunião [com Macron], mas ainda não temos confirmação. Mas espero que possamos encontrar-nos, talvez amanhã" (terça-feira), disse a opositora bielorrussa.

Este primeiro encontro com um líder internacional seria para Tikhanovskaya "uma confirmação importante", sublinhou.

"Sabe-se que Macron e a França mediaram em muitos outros casos. Claro que preferiríamos resolver este problema nós mesmos, mas vemos que as atrocidades continuam, que o povo bielorrusso está a sofrer e que as autoridades não iniciam um diálogo", acrescentou Tikhanovskaya.

"Macron é um dos líderes mais poderosos da Europa e do mundo e poderia ser pelo menos um dos mediadores", reafirmou a opositora.

No domingo, na véspera da sua partida para Vilnius, o Presidente francês pediu claramente a saída do chefe de Estado bielorrusso, Alexander Lukashenko, cuja eleição nem a União Europeia (UE) nem os Estados Unidos reconhecem, pois foi considerada fraudulenta.

"Lukashenko deve sair", disse Macron numa entrevista, saudando a coragem dos manifestantes bielorrussos que novamente marcharam aos milhares no domingo contra o regime.

A opositora bielorrussa disse estar "muito satisfeita" com a declaração, mas agora espera um apoio concreto da França e da Europa.

Svetlana Tikhanovskaya candidatou-se à eleição presidencial de 09 de agosto após a prisão do marido, um candidato também da oposição.

A mulher, de 38 anos, permanece muito discreta sobre as circunstâncias em que deixou a Bielorrússia em 11 de agosto.

"Tudo o que posso dizer é que fui à Comissão Eleitoral às 15:00 e, às 03:00 da manhã (do dia seguinte), eu já estava a cruzar a fronteira com a Lituânia. A minha saída, obviamente, não foi voluntária", disse, sem dar maiores detalhes.

A Comissão Eleitoral Central aprovou a vitória de Lukashenko, com 80,1% dos votos, face aos 10% da sua maior opositora, Svetlana Tikanovskaya, que considera o sufrágio fraudulento.

Apesar dos fortes protestos com centenas de milhares de pessoas, que acontecem todas as semanas desde 9 de agosto e da posição internacional, Alexander Lukashenko tomou posse na semana passada.

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