Nagorno-Karabakh. EUA "condenam escalada de violência"
Os Estados Unidos manifestaram-se hoje "alarmados" com as "notícias de ações militares em larga escala ao longo da Linha de Contacto na zona de conflito de Nagorno-Karabakh" e condenaram "nos termos mais veementes esta escalada de violência".
© iStock/NeilLockhart
Mundo Nagorno-Karabakh
"Os Estados Unidos estão alarmados com as notícias de ações militares em larga escala ao longo da Linha de Contacto na zona de conflito de Nagorno-Karabakh, que resultaram em baixas significativas, incluindo civis", fez saber o Departamento de Estado norte-americano através de um comunicado.
A sede da diplomacia norte-americana revelou ainda que o secretário Adjunto, Stephen Biegun, telefonou ao ministro azeri dos Negócios Estrangeiros, Jeyhun Bayramov, assim como ao seu homólogo arménio, Zohrab Mnatsakanyan, para "exortar as partes a cessarem imediatamente as hostilidades", aconselhando-as a comunicar diretamente, assim como a refrear a "retórica e ações inúteis que aumentem ainda mais tensões no terreno".
Washington sublinha ainda que a participação na escalada da violência de "partes externas" seria "profundamente inútil e apenas exacerbaria as tensões regionais".
"Instamos as partes a trabalharem com os copresidentes do Grupo de Minsk [Rússia, França e Estados Unidos] e a regressarem a negociações substantivas o mais depressa possível", diz o comunicado.
Os Estados Unidos, na qualidade de copresidente do Grupo de Minsk da OSCE, "continuam empenhados em ajudar as partes a alcançar uma solução pacífica e sustentável para o conflito", concluiu o texto.
O Grupo de Minsk da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) foi criado em 1992, após o desmembramento da União Soviética, para obter uma solução negociada para o enclave de Nagorno-Karabakh e integra, para além dos estados copresidentes, a Alemanha, a Itália, a Suécia, a Finlândia, a Bielorrússia e a Turquia.
A Arménia e o Azerbaijão estão em estado de guerra desde 1991, embora três anos depois tenham assinado um cessar-fogo, que vigora até hoje, apesar de violações por ambas as partes.
O Azerbaijão e a Arménia acusam-se mutuamente de terem iniciado hoje as hostilidades e declararam lei marcial, mantendo uma linguagem beligerante.
Nagorno-Karabakh é uma região separatista do Azerbaijão, habitada principalmente por arménios.
Território do Império Russo disputado pela Arménia e Azerbaijão durante a guerra civil após a revolução bolchevique de 1917, Nagorno-Karabakh foi anexada em 1921 por Josef Estaline à República Socialista Soviética do Azerbaijão, tendo obtido, a partir de 1923, um estatuto autónomo.
A União Europeia, o Conselho Europeu, a Rússia, a França e a Alemanha já lamentaram os confrontos e pediram a cessação imediata das hostilidades, bem como o regresso à mesa de negociações.
O presidente russo, Vladimir Putin, que atua como árbitro na região, pediu o fim dos confrontos.
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