Na primeira Conferência Internacional do Acordo de Paz na Colômbia, o alto assessor presidencial para a estabilização, Emilio Archila, salientou que o país "tem uma oportunidade única", porque a implementação bem-sucedida é o resultado "da visão deste governo de como superar tantos desafios que a Colômbia enfrenta há décadas".

"Estamos cientes da importância do diálogo no processo de paz e na sua consequente implementação. Portanto, em termos de espaços de participação e diálogo, todos nós estivemos ativos nos seus papéis e os financiamos", disse.

De acordo com a agência EFE, o ex-chefe da equipa de negociação do governo com as FARC, Humberto de la Calle, disse neste sábado que as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao apoio de Barack Obama ao processo promovido pelo ex-presidente Juan Manuel Santos são "inaceitáveis".

"Nós, colombianos, não suportamos indignidades e isso surge a partir das manifestações que recebemos com indignação de um candidato à presidência dos Estados Unidos, instado a votar, que depois de o governo anterior ter seguido a fundo o processo, agora o desqualifica e desqualifica os seus protagonistas", disse.

O presidente dos Estados Unidos disse na sexta-feira durante um evento de campanha em Jacksonville (Flórida) que o governo de Obama e seu vice-presidente Joe Biden, atual candidato presidencial democrata, se havia rendido aos "narcoterroristas da Colômbia".

"O governo anterior também negociou o terrível acordo Obama-Biden-Santos com os cartéis de drogas. Eles renderam-se aos narcoterroristas e aumentaram a produção de drogas", referiu Trump.

Na conferência, que acontece quatro anos depois de o Governo e as FARC assinarem um primeiro acordo que foi rejeitado em plebiscito por colombianos em outubro e que obrigou a mudanças no documento que levaram à assinatura de um novo pacto em novembro, De la Calle também afirmou que o acordo está em processo de "solidificação".

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