A advogada, Lyudmila Kazak, desapareceu na quinta-feira e a polícia confirmou mais tarde que tinha sido detida. Segundo os seus advogados, é acusada de participar numa manifestação não autorizada e de resistência à polícia.

Kazak defendia Maria Kolesnikova, membro do conselho coordenador da oposição criado para promover uma nova eleição presidencial e acusada de minar a segurança do Estado, pelo que arrisca uma pena de prisão de cinco anos.

Lyudmila Kazak transmitiu várias mensagens que Kolesnikova enviou da prisão, encorajando os manifestantes a continuarem com os protestos contra o governo que abalam a Bielorrússia há quase sete semanas.

Centenas de milhares de bielorrussos têm protestado diariamente desde a eleição presidencial de 9 de agosto, cujos resultados oficiais estenderam o mandato de 26 anos de Alexander Lukashenko, atribuindo-lhe 80% dos votos. A sua principal rival, Svetlana Tsikhanoskaya, obteve 10%.

A oposição diz que houve fraude e os Estados Unidos e a União Europeia consideraram que o escrutínio não foi livre nem justo.

Alexander Lukashenko iniciou formalmente o seu sexto mandato na quarta-feira, após uma cerimónia de posse que não foi anunciada.

A União Europeia, a Alemanha, os Estados Bálticos, a Polónia e os Estados Unidos já indicaram não reconhecer Lukashenko como Presidente legitimamente eleito da Bielorrússia.

Blogues da oposição apelaram a uma grande manifestação na capital, Minsk, e noutras cidades bielorrussas no domingo, através do serviço de mensagens Telegram, designando-a de "posse do povo ao verdadeiro presidente", Tsikhanoskaya.

A opositora diz num vídeo divulgado hoje que apoia "todos os que tomarem as ruas das suas cidades neste domingo".

"Juntos seremos capazes de atingir o nosso objetivo: uma nova eleição justa. E, como resultado, uma posse legítima", adianta.

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