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Navalny agradece a pilotos e paramédicos por lhe salvarem a vida

O líder da oposição russa, Alexei Navalny, agradeceu hoje aos pilotos do voo em que desmaiou e aos paramédicos que o trataram na cidade siberiana de Omsk por lhe terem salvado a vida após ter sido envenenado.

Navalny agradece a pilotos e paramédicos por lhe salvarem a vida
Notícias ao Minuto

16:06 - 25/09/20 por Lusa

Mundo Alexey Navalny

"Os pilotos e os primeiros médicos [que me atenderam] deram-me mais 15 a 20 horas de vida. O que se seguiu foi muito dramático e merece uma história separada, mas não haveria nada para contar se não fossem estas pessoas. Obrigado, bons amigos desconhecidos. Vocês são boas pessoas", escreveu Navalny, na sua conta da rede social Instagram.

No dia 20, o líder da oposição russa, de 44 anos, sentiu-se mal a bordo do avião em que voltava da Sibéria para Moscovo, pelo que o piloto fez uma aterragem de emergência na cidade de Omsk, onde Navalny foi internado, já inconsciente, num hospital local.

Os seus amigos e familiares garantiram que Navalny tinha sido envenenado e exigiram a sua transferência para uma clínica em Berlim.

Referindo que sente uma grande gratidão depois de tudo o que aconteceu, o líder da oposição russa afirmou que queria destacar aqueles que "desempenharam um papel fundamental" no seu destino.

"Pelo que entendi (...), o plano dos assassinos era simples: eu iria sentir-me mal 20 minutos após a descolagem e 'desligaria' 15 minutos depois. Na falta de cuidados médicos, uma hora depois continuaria a minha viagem dentro de um saco de plástico preto na última fila", escreveu.

No entanto, acrescentou, "uma série de coincidências felizes e ações precisas de gente boa desconhecida" mudou radicalmente a situação: os pilotos fizeram uma aterragem de emergência em Omsk, apesar de uma ameaça de bomba, e os paramédicos não mentiram e diagnosticaram "envenenamento".

"Deram-me uma dose de atropina", disse o político, lembrando que essas ações lhe salvaram a vida.

Navalny recebeu, na terça-feira, alta do hospital La Charité, em Berlim, onde foi tratado durante 32 dias por envenenamento com um agente tóxico do grupo Novichok.

O líder da oposição russa extraparlamentar expressou a sua vontade de regressar à Rússia quando estiver totalmente recuperado, segundo o seu porta-voz, Kira Yarmish, mas disse que, por enquanto, ficará na Alemanha e continuará a sua reabilitação.

Navalny chegou à capital alemã ainda em estado crítico e o diagnóstico da equipa La Charité e de especialistas do exército alemão confirmou que tinha sido envenenado por um agente nervoso militar do grupo Novichok.

O envenenamento também foi confirmado por laboratórios da Suécia e de França e a Organização para a Proibição de Armas Químicas enviou uma equipa à Alemanha para "recolher amostras biomédicas" de Navalny.

Alemanha, França e outros países condenaram veementemente o ataque a Navalny e exigiram que a Rússia explicasse e investigasse o envenenamento, mas o Kremlin afirma não estar ligado ao incidente nem ter provas de que o seu opositor foi vítima de envenenamento.

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