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Missão diplomática da UE na Venezuela "não é clandestina"

A Comissão Europeia esclareceu hoje que a missão diplomática enviada pela União Europeia (UE) à Venezuela para avaliar se há condições mínimas para a realização de eleições legislativas democráticas na Venezuela "não é clandestina".

Missão diplomática da UE na Venezuela "não é clandestina"
Notícias ao Minuto

13:11 - 25/09/20 por Lusa

Mundo Venezuela

"Não é uma missão clandestina", sublinhou uma porta-voz do executivo comunitário para as Relações Externas Nabila Massrali, na conferência de imprensa diária, esclarecendo que os Estados-membros foram informados da missão de quatro peritos, que viajou na quinta-feira para Caracas.

A porta-voz respondia a questões de jornalistas sobre um alegado "secretismo" em volta do envio dos diplomatas, que estarão em Caracas até segunda-feira.

A missão, adiantou ainda, inclui-se nos esforços diplomáticos desenvolvidos pela UE para tentar garantir as condições mínimas para a realização das eleições, sendo que nas circunstâncias atuais, não é possível reconhecer as eleições de 06 de dezembro como legítimas.

Nabila Massrali salientou ainda que é consensual entre os 27 Estados-membros a falta de condições para a deslocação de uma missão de observação eleitoral no país.

A UE tem tentado negociar com o regime de Nicolás Maduro e a oposição uma transição democrática na Venezuela, integrando-se a missão nestes esforços diplomáticos.

O envio dos diplomatas surge após uma reunião do Grupo Internacional de Contacto para a Venezuela, formado por países da UE e da América Latina e que decorreu em 17 de setembro por videoconferência.

Acontece também depois da reunião do conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros e da determinação dada pelo Alto-Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell.

A UE realçou que, apesar do seu interesse em enviar uma missão tendo em vista as eleições, não estão reunidas as condições para que estas decorram no prazo previsto, em 06 de dezembro.

Um eventual adiamento não é visto como uma impossibilidade para que estas decorram, mas como uma oportunidade para ganhar tempo de forma a melhorar as condições.

As preocupações devido à pandemia de covid-19 estão também na mente do organismo europeu, visto que as previsões apontam o pico de infeções na Venezuela em dezembro.

Esta missão diplomática da UE é anunciada depois do relatório apresentado na quarta-feira ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, onde foram denunciadas condenações extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura e outros abusos por parte das autoridades venezuelanas.

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