Macau perde mais de 13.500 trabalhadores não-residentes em 2020
Macau perdeu mais de 13.500 trabalhadores não-residentes, em 2020, devido ao impacto económico da pandemia no território, que visou de forma mais aguda aqueles com permissão de residência enquanto possuem um visto de trabalho.
© Reuters
Mundo Covid-19
De acordo com dados oficiais hoje divulgados pela Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), no final de agosto, o número de trabalhadores não-residentes era de 182.711, menos 13.827 em relação a 31 de dezembro de 2019.
Já em relação ao período homólogo de 2019, em agosto de 2020 havia menos 9.995 trabalhadores com este tipo de visto.
Macau registou o primeiro caso da covid-19 no território a 22 de janeiro e, desde então, a sua economia, altamente dependente do turismo, encontra-se praticamente paralisada, com os operadores de jogo a dispensarem milhares de trabalhadores, na sua esmagadora maioria não-residentes, principalmente oriundos do sudeste asiático.
O Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre 'encolheu' 58,2%, em comparação com o período homólogo de 2019, e a diminuição no segundo trimestre foi de 67,8%, também em termos anuais.
Ainda assim, como estes números não contam para a taxa de desemprego porque os titulares deste visto têm de abandonar o território (salvo exceções), o desemprego em Macau encontra-se nos 2,8%.
Macau foi dos primeiros territórios a ser atingido pela pandemia, tendo registado 46 casos. Atualmente, não tem nenhum caso ativo.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 978.448 mortos e quase 32 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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