França pede a Itália para acolher navio humanitário Alan Kurdi
Paris pediu hoje a Roma para deixar atracar o navio humanitário Alan Kurdi, em rota para Marselha (sul de França), para desembarcar os 125 migrantes socorridos no mar Mediterrâneo, indicou o Ministério do Interior francês.
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Mundo Migrações
"Temos ido sempre ao encontro da solidariedade com a Itália nos últimos dois anos. Trazemos para o seu lado um mecanismo de solidariedade para a gestão dos desembarques. Por isso, pedimos que [Roma] responda favoravelmente ao pedido feito pela ONG [organização não-governamental] para atracar no porto seguro mais próximo", sublinhou a mesma fonte.
O barco, na ONG alemã Sea-Eye, com 125 migrantes a bordo, "deve ser acolhido no porto seguro mais próximo", insistiu, mais tarde, o porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal, deixando entender que a França declinou implicitamente a possibilidade de o navio atracar em Marselha.
O Alan Kurdi anunciou hoje que estava a dirigir-se para a cidade portuária do sul de França após ter visto fracassadas as tentativas para atracar num porto da costa italiana.
"A inação das autoridades italianas e alemãs obrigaram-nos a tomar essa medida", afirmou Gorden Isler, dirigente da Sea-Eye, num comunicado.
"Todos os atores [...] devem respeitar os princípios humanitários e, acima de tudo, a chegada ao porto seguro mais próximo. Trabalhamos, sempre com urgência, no respeito desses princípios com a Itália e com os nossos parceiros europeus. Vai ser encontrada uma solução e a ONG deve respeitá-la", insistiu o Ministério do Interior francês.
Por seu lado, as autoridades da cidade de Marselha disseram estar preparadas para acolher "sem condições" o navio, apesar de a França sempre ter recusado tal opção.
O princípio do desembarque de resgatados no mar no "porto seguro mais próximo" está inscrito do Direito Marítimo Internacional.
Em geral, durante as operações de resgate no Mediterrâneo central, isso equivale a confiar esta primeira receção à Itália ou a Malta.
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