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Costa leva à ONU mensagem em defesa do multilateralismo

O primeiro-ministro português vai deixar na sexta-feira, perante a 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, uma mensagem a favor do multilateralismo e do reforço das organizações internacionais no atual quadro de emergência global por causa da covid-19.

Costa leva à ONU mensagem em defesa do multilateralismo
Notícias ao Minuto

13:49 - 23/09/20 por Lusa

Mundo ONU

Este ano, pela segunda vez, cabe a António Costa representar o Estado Português na Assembleia Geral das Nações Unidas, cujo debate geral de iniciou na terça-feira e que, por causa da pandemia da covid-19, vai decorrer por videoconferência com discursos pré-gravados por parte dos chefes de Estado e de Governo dos diferentes países.

Segundo fonte do executivo nacional, o discurso de António Costa deverá ser transmitido ao final da tarde de sexta-feira em Nova Iorque, já de noite em Lisboa.

Quanto ao teor da mensagem do primeiro-ministro, fonte do Governo adiantou à agência Lusa que a tese central será a da defesa do multilateralismo e do reforço do papel das organizações internacionais, principalmente da ONU.

António Costa considera que o atual quadro de emergência global provocada pela pandemia de covid-19 acentua ainda mais a importância da cooperação internacional e que a atual conjuntura de crise mundial não pode interromper as políticas de combate às alterações climáticas.

Nesse sentido, de acordo com fonte do executivo, o primeiro-ministro aproveitará para frisar que Portugal se prepara para organizar com o Quénia a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas em 2021.

No seu discurso, António Costa vai referir que Portugal se prepara para assumir a presidência da União Europeia no primeiro semestre do próximo ano e sairá em defesa do "papel central da ONU" em missões como a promoção dos Direitos Humanos, a preservação da paz e da segurança mundial, num quadro de desenvolvimento sustentável.

O primeiro-ministro deixará ainda uma mensagem de apelo ao combate às desigualdades no mundo e de apoio às sociedades livre e tolerantes, que rejeitam o racismo, a xenofobia e os populismos.

Na segunda-feira, o líder do executivo português assinalou os 75 anos da criação da Organização das Nações Unidas (ONU) com uma mensagem em que defendeu os princípios de uma ordem mundial fundada no direito internacional e na igualdade entre Estados soberanos.

"Há 75 anos, a fundação da ONU estabeleceu uma nova ordem mundial baseada no direito internacional, na igualdade entre Estados soberanos, na dignidade da pessoa humana. Foi uma vitória da esperança. Hoje devemos preservar e renovar essas conquistas, apoiando uma ONU forte", escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.

Os trabalhos da 75.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, órgão constituído por representantes de todos os 193 Estados-membros desta organização, começaram na semana passada e o debate geral teve início na terça-feira.

O debate geral entre chefes de Estado e de Governo tem como tema "Tornar a ONU relevante para todos: Liderança global e responsabilidade partilhada para sociedades pacíficas, equitativas e sustentáveis".

Na abertura deste encontro anual, o secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou que 2021 será "um ano crítico" para as Nações Unidas e advertiu contra os riscos do unilateralismo no combate à pandemia de covid-19, pedindo um novo compromisso para a cooperação global, que permita igualmente uma distribuição justa e equitativa de vacinas.

António Costa, na primeira vez que discursou perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro de 2017, fez questão de acentuar que a política externa portuguesa e a agenda de António Guterres coincidem nos objetivos de umas Nações Unidas "mais fortes, solidárias, capazes de prevenir os conflitos, aliviar o sofrimento humano e promover a paz e a prosperidade".

"E umas Nações Unidas mais transparentes, mais eficazes, mais adaptáveis a um mundo em constante mutação. Saudamos e apoiamos o dinamismo que, desde o início do seu mandato, incutiu à reforma do sistema das Nações Unidas para que este possa cumprir melhor os seus nobres desígnios. É que só as Nações Unidas dispõem da vocação universal e dos atributos essenciais para, com os Estados-membros, responderem aos desafios, cada vez mais complexos, do nosso tempo", sustentou o líder do executivo português nesse discurso que proferiu há três anos.

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