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São Tomé: Presidente pede ao governo maior "sentido de responsabilidade"

O Presidente são-tomense pediu hoje ao Governo um maior "sentido de responsabilidade e seriedade" de forma a fazer face às "fraquezas internas" e responder aos "compromissos com os parceiros bilaterais e multilaterais".

São Tomé: Presidente pede ao governo maior "sentido de responsabilidade"
Notícias ao Minuto

17:23 - 21/09/20 por Lusa

Mundo São Tomé e Príncipe

"Gostaria de chamar a atenção de todos os membros deste Governo, particularmente ao senhor primeiro-ministro para que no vosso desempenho tenham sempre presente o sentido de grande responsabilidade e seriedade em todas as ações governativas, tendo em vista as nossas fraquezas internas e os compromissos bilaterais e trilaterais", disse Evaristo Carvalho.

O chefe de Estado falava na cerimónia de posse dos novos membros do executivo, que decorreu no salão nobre do Palácio Presidencial, em São Tomé.

Edite dos Ramos Tem Jua, Cílcio Pires dos Santos e Aerton do Rosário Crisóstomo foram hoje investidos, respetivamente, nos cargos de ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, dos Assuntos Parlamentares, Reforma do Estado e Descentralização e do Turismo e Cultura.

Eugénio Vaz do Nascimento tomou posse como secretário de Estado das Obras Públicas, Ambiente e Ordenamento do Território.

"Durante a minha vida política, pugnei-me por um trabalho sério, responsável e honesto, dentro de um ambiente de cooperação, tranquilidade, coesão social, ponderação e estabilidade", lembrou Evaristo Carvalho, num curto discurso de pouco mais de dois minutos.

O chefe de Estado lembrou que, por ocasião da celebração da festa nacional, em 12 de julho passado, lançou um apelo "para se chegar a um entendimento nacional com vista à definição de um plano de desenvolvimento futuro" para a sociedade são-tomense, apelando ao Governo para trabalhar "com ponderação e muita cooperação para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe".

O primeiro-ministro, Jorge bom Jesus, considerou a remodelação do seu Governo como "um processo normal, sem dramas depois de mais de um ano e meio de desgaste inerente ao próprio processo de governação".

"As permanências, as saídas, as entradas e as reafetações fazem parte deste processo, sobretudo porque nós quisemos reajustar a estrutura, os carretos do sistema, à nova dinâmica social, cultural, política e financeira nesse processo de retoma da covid-19", disse Jorge Bom Jesus.

O chefe do Governo explicou que esta remodelação surgiu no âmbito de "uma nova dinâmica para se poder resolver os problemas mais candentes do povo de são Tomé e Príncipe, sobretudo melhorando os padrões de vida do povo".

Jorge Bom Jesus expressou "gratidão pelo trabalho prestado" aos membros "que saem" do executivo e prometeu trabalhar com outros órgão de soberania para a "estabilidade política, governativa e a paz social para tirar o país da situação em que se encontra".

"O eterno recomeço não traz benefícios para ninguém", disse o primeiro-ministro, que se comprometeu a "garantir um relacionamento institucional saudável com todos os órgãos de soberania, em particular o Presidente da Republica".

"Nós precisamos de dar uma imagem de políticos com toda a responsabilidade, até porque precisamos de defender a imagem de São Tomé e Príncipe", disse Jorge Bom Jesus.

O governante considerou ser necessário "tirar ilações desta crise política", que classificou como uma oportunidade: "Acaba por ser geradora de oportunidades para que possamos repensar as nossas condutas em termos de relacionamento futuro".

A remodelação governamental ocorreu depois de o executivo ter retirado a confiança política ao procurador-geral da República, Kelve Nobre de Carvalho, motivando duras críticas do Presidente são-tomense, que exigiu ao Governo a sua "retratação imediata".

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