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Estado Islâmico reinvindica homicídio de oito pessoas no Níger

A organização terrorista Estado Islâmico (IS) reivindicou hoje, na sua revista Al-Naba, a morte de oito pessoas, incluindo seis trabalhadores humanitários franceses e dois nigerinos, que foram assassinados a 09 de agosto no Níger.

Estado Islâmico reinvindica homicídio de oito pessoas no Níger
Notícias ao Minuto

17:59 - 17/09/20 por Lusa

Mundo Estado Islâmico

A publicação, autenticada por múltiplas fontes, incluindo o organismo americano SITE, relata um "ataque relâmpago", na região de Kouré, que resultou na morte de seis "cruzados" franceses e dois "apóstatas" nigerinos.

No seu semanário Al-Naba, que o EI distribui todas as quintas-feiras, o grupo terrorista também publica uma foto mostrando duas das alegadas vítimas agachadas no chão, uma com sangue no rosto e na roupa.

A nota sublinhava que as vítimas foram raptadas e depois executadas no mesmo dia, e dizia que o facto de a operação ter tido lugar numa famosa zona turística, perto da capital do Níger, Niamey, implica uma "grande infiltração" que contornou as medidas de segurança tomadas pelo Governo daquele país.

No dia do ataque, fontes de segurança do Níger explicaram à agência de notícias espanhola Efe que os atacantes, que viajavam de moto, abriram fogo sobre os franceses, o que também causou a morte de um guia turístico e de um motorista, ambos nigerinos.

Segundo a fonte, os assaltantes queimaram o veículo em que as vítimas viajavam antes de fugirem.

área de Kouré abriga uma das últimas reservas naturais de girafas da África Ocidental, tornando-a um destino para turistas.

"São oito mortos: dois nigerinos, um guia turístico e um motorista, os outros seis são franceses. Estamos a gerir a situação, vamos dar mais informações depois", disse, na altura, o governador de TillabériTidjani Ibrahim Katiella, à agência noticiosa France-Presse.

Fonte dos serviços ambientais afirmou que "a maior parte das vítimas foi abatida a tiro e uma mulher, que conseguiu escapar, foi apanhada e degolada".

"No local, foi encontrado um carregador [de armas de fogo] sem cartuchos. Não sabemos a identidade dos atacantes, mas vieram de mota pelo mato e esperaram a chegada dos turistas. O veículo alugado pelos turistas pertence à organização não-governamental Acted", acrescentou a fonte.

O exército francês forneceu um apoio às forças nigerinas após a morte destas pessoas, anunciou o Estado-Maior em Paris.

"A força 'Barkhane' forneceu apoio a pedido das autoridades nigerinas", declarou um porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas, sem mais detalhes.

Em meados de junho, num editorial do seu semanário, o EI acusou as organizações humanitárias que operam na região do Sahel de trazerem "impureza" às sociedades muçulmanas locais e de semearem a discórdia entre os seus combatentes e a população civil.

Estas acusações do EI foram feitas poucos dias antes do rapto de 10 trabalhadores de uma organização não-governamental local, que foram levados por um grupo de homens armados desconhecidos na cidade rural de Torodi, cerca de 60 quilómetros a oeste de Niamey, na direção do Burkina Faso.

Os reféns, que foram libertados em 01 de julho, estavam a trabalhar para a organização Apis em colaboração com o Programa Alimentar Mundial, da Organização das Nações Unidas (ONU), e estavam a distribuir alimentos ao povo de Bossey-Bangou.

A França intervém atualmente no Mali no âmbito da operação 'Barkhane', com a participação dos exércitos estónio e britânico e forças governamentais locais, contra grupos armados salafistas 'jihadistas' em toda a região do Sahel.

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