Casa onde viveu Rosa Parks exibida em Nápoles
A habitação faz parte da exposição 'Almost Home – The Rosa Parks House Project'. Uma banda sonora intitulada '8:46', numa referência ao tempo em que um polícia manteve o joelho sobre o pescoço de George Floyd, pode ser ouvida repetidamente.
© Palazzo Reale di Napoli/Facebook
Mundo Rosa Parks
Uma casa onde Rosa Parks viveu durante um breve período da sua vida está a ser exibida no Palácio Real de Nápoles, em Itália, segundo a BBC. A casa de madeira faz parte da exposição ‘Almost Home – The Rosa Parks House Project’ da autoria do artista norte-americano Ryan Mendoza.
Rosa Parks tornou-se uma lenda da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos quando no dia 1 de dezembro de 1955, em Montgomery, no estado do Alabama, recusou ceder o seu lugar num autocarro a um passageiro branco, tendo sido detida por desobediência civil. O Alabama era um dos estados sulistas norte-americanos onde vigoravam leis de segregação racial.
O ato de Rosa Parks tornou-se um dos momentos-chave para o movimento que lutava pelos direitos civis nos Estados Unidos. Parks recebeu ameaças de morte e acabou por mudar-se para a cidade de Detroit, no norte do país, onde viveu brevemente com familiares na casa que agora está a ser exibida em Nápoles.
Um ano depois da sua recusa em ceder o lugar no autocarro, um tribunal federal considerou que a segregação nos autocarros era inconstitucional. O Congresso norte-americano considerou-a posteriormente a “primeira-dama dos direitos civis”.
Rosa Parks e Martin Luther King, dois dos maiores símbolos da luta pelos direitos civis© Getty Images
Como a luta pelos direitos civis é indissociável de Rosa Parks há uma banda sonora que passa repetidamente durante a exposição patente no Palácio Real de Nápoles. Esta tem o título de ‘8:46’, uma referência ao tempo em que um polícia de Minnesota, Derek Chauvin, pressionou com o seu joelho o pescoço de George Floyd durante uma detenção no mês de maio.
Floyd, que nos últimos dois minutos já estava inconsciente, acabou por morrer. A sua morte gerou uma onda de protestos nos Estados Unidos contra o racismo sistémico, isto já depois da morte de Breonna Taylor às mãos de agentes da polícia em março. Casos que demonstram que a luta de Rosa Parks prossegue nos Estados Unidos.
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