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Colono israelita condenado a perpétua pela morte de três palestinianos

Um colono israelita foi hoje condenado a prisão perpétua pela morte de um bebé palestiniano e dos seus pais, que morreram em casa num incêndio criminoso em 2015, na região da Cisjordânia ocupada.

Colono israelita condenado a perpétua pela morte de três palestinianos
Notícias ao Minuto

15:08 - 14/09/20 por Lusa

Mundo Cisjordânia

O tribunal de Lod, no centro de Israel, declarou Amiram Ben-Ouliel culpado destas mortes em maio passado.

Hoje, o tribunal condenou o jovem colono judeu a um total de "três sentenças" de prisão perpétua, uma por cada morte.

Em julho de 2015, o bebé de 18 meses Ali Dawabcheh foi queimado vivo enquanto dormia após 'cocktails' molotov terem sido arremessados contra a sua casa em Douma, na Cisjordânia, um território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.

O seu pai Saad e a sua mãe Riham, surpreendidos pelo fogo durante o sono, morreram devido às queimaduras nas semanas seguintes. Apenas o seu irmão, Ahmed, então com quatro anos, sobreviveu ao incêndio.

Este drama despertou grande comoção nos territórios palestinianos, em Israel e no estrangeiro.

Em maio de 2019, outro israelita preso no âmbito deste caso confessou ser culpado de participar na preparação de um "crime racista".

Em outubro, a justiça condenou-o por "pertencer a uma organização terrorista", em referência a um grupo de colonos radicais que questionam a autoridade do Estado.

Após o ataque, Israel foi criticado no estrangeiro e por organizações de direitos humanos pela sua "frouxidão" em relação aos grupos radicais israelitas.

Os palestinianos acusaram o Estado de Israel de "apoiar" o extremismo judeu.

Os líderes israelitas foram unânimes, no entanto, em denunciar o "terrorismo judeu".

Israel já anexou em 1967 Jerusalém Oriental, o setor palestiniano da cidade. Os palestinianos que lá vivem não têm cidadania israelita, mas sim cartões de residentes.

Apenas os árabes israelitas -- descendentes dos palestinianos que ficaram nas suas terras após a criação de Israel em 1948 -- têm cidadania plena, embora alguns se declarem vítimas de discriminação num país que adotou em 2018 uma lei definindo-o como "Estado nação do povo judeu".

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