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Mil pessoas manifestam-se em Sófia contra a corrupção na Bulgária

Cerca de mil manifestantes reuniram-se hoje em frente ao Parlamento búlgaro, em Sófia, para protestar contra a corrupção e exigir a demissão do Governo do primeiro-ministro Boyko Borisov.

Mil pessoas manifestam-se em Sófia contra a corrupção na Bulgária
Notícias ao Minuto

15:36 - 10/09/20 por Lusa

Mundo Bulgária

Os manifestantes acusam as autoridades búlgaras de serem demasiado tolerantes com a corrupção e de usarem o Ministério Público contra opositores políticos.

"Demissão de Borisov e de todo o Governo: é por isso que estamos aqui há 64 dias e é por isso que ficaremos mais 64 dias se necessário!", gritava o advogado Nikolay Hadzigenov, um dos líderes da iniciativa de protesto.

Os manifestantes também acusam o Governo de proteger os interesses de alguns oligarcas, pedindo a sua demissão.

A multidão dirigiu-se também à Procuradoria-Geral da República, suspeita de ter lançado investigações contra opositores do Governo, incluindo o Presidente da República, próximo dos socialistas e que conta com o apoio deste movimento.

Seis pessoas foram detidas por posse de objetos considerados potencialmente perigosos, incluindo uma mulher que se recusou a desistir do seu 'spray' de autodefesa.

Na semana passada, cerca de 200 feridos foram registados durante confrontos à margem de um comício, durante o qual manifestantes lançaram projéteis contra a polícia, com as autoridades a deterem 126 pessoas.

Na terça-feira, um poeta fez greve de fome numa tentativa de provocar a demissão do Governo, seguindo os passos de um ativista que recusou comer durante 31 dias.

O mandato de Boïko Borissov, que defende a estabilidade no atual contexto de uma pandemia, termina em março de 2021, e o primeiro-ministro recusa a possibilidade de se demitir, depois de estar no poder há quase dez anos.

Uma sondagem divulgada hoje mostra que as manifestações de protesto contra o Governo estão a perder popularidade.

Treze anos depois de aderir à União Europeia, a Bulgária continua a ser o estado-membro mais pobre e com mais elevados níveis de corrupção, de acordo com os índices de perceção de corrupção da organização não-governamental Transparência Internacional.

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