Chefe de polícia contra reintegração de agente despedido por racismo
Departamento de polícia decidiu pelo despedimento do agente, depois de encontrar mensagens de texto onde este assumia destruição de propriedade e fazia declarações racistas.
© FREDERIC J. BROWN/AFP via Getty Images
Mundo Racismo
O departamento de polícia de Manchester, no estado norte-americano de New Hampshire, manifestou-se contra a decisão de da procuradoria do condado em reintegrar um agente da força policial que foi afastado em 2018 por causa de mensagens de teor racista.
Num comunicado publicado através das redes sociais, o departamento policial da cidade de Manchester indica que recebeu uma queixa em relação ao agente Aaron Brown em janeiro de 2018 e que, durante a investigação, descobriram mensagens de texto "onde ele afirmava ter intencionalmente danificado propriedade durante a execução de mandatos".
O departamento refere ainda ter encontrado "mensagens de texto que incluíam afirmações racistas extremamente perturbadoras".
As mensagens que se referiam a destruição de propriedade foram alvo de uma investigação criminal, que foi seguida pela procuradoria do condado de Strafford, mediante apelos do sindicato policial. A entidade judicial determinou que não existiam provas suficientes para deduzir acusações contra o agente.
O chefe da polícia de Manchester despediu ao agente Brown no dia seguinte à conclusão da investigação interna, em abril de 2018.
"Porém, o procurador determinou que os comentários racistas de Brown eram flagrantes e não tinham lugar dentro das forças policiais, e que o departamento de polícia de Manchester aplicou corretamente uma política de tolerência zero contra conduta racista", afirma o departamento policial, no mesmo comunicado. "Ainda assim, o procurador determinou que Brown não devia ter sido despedido, mas simplesmente suspenso por 30 dias. A decisão pede a reintegração de Brown, com retroativos, menos os 30 dias de suspensão", acrescenta.
A decisão é final mas o chefe da polícia de Manchester, Carlo Capano, recusa-se a reintegrar Brown, uma decisão que conta com o apoio da autarca local, Joyce Craig. "Acredito que o procurador cometeu um erro sério, ao não reconhecer o racismo de Brown e o significativo abuso de autoridade na decisão de reverter o seu despedimento", disse a 'mayor'. "Os maus polícias são maus para o nosso departamento de polícia, para os nossos moradores, os nossos bairros e a nossa cidade", acrescentou, citada pela CNN.
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