Estados Unidos reduzem de 5.200 para 3.000 os seus militares no Iraque
Os Estados Unidos decidiram reduzir de 5.200 para 3.000 os seus militares no Iraque, anunciou hoje o general Keneth McKenzie, chefe do comando militar norte-americano no Médio Oriente.
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Mundo Militares
"Reconhecendo os grandes progressos conseguidos pelas forças iraquianas e em consulta e coordenação com o governo iraquiano e os nossos parceiros da coligação, os Estados Unidos decidiram reduzir a sua presença militar no Iraque de cerca de 5.200 para 3.000 militares durante o mês de setembro", declarou o general McKenzie em Bagdad.
A Casa Branca indicou na terça-feira que estava para breve um anúncio sobre uma nova redução das tropas norte-americanos no Iraque, onde os soldados dos Estados Unidos que perseguem as células adormecidas de 'jihadistas' enfrentam ataques crescentes de fações pró-iranianas.
Os Estados Unidos continuarão a apoiar o exército iraquiano na luta contra os últimos elementos do grupo extremista Estado Islâmico (EI) ainda ativos no país e manterão uma presença limitada na Síria, precisou o general, num discurso feito na tomada da posse do novo comandante da coligação anti-EI, o general Paul Calvert.
"Devemos continuar a nossa cooperação contra o EI com os nossos parceiros no Iraque e na Síria", disse ainda.
"Esta presença reduzida permite-nos continuar a aconselhar e ajudar os nossos parceiros iraquianos na extração do resto do EI no Iraque", adiantou McKenzie, sublinhando a confiança de Washington na "capacidade das forças iraquianas para operar de forma independente".
O general norte-americano assinalou que "o trajeto foi difícil, o sacrifício imenso, mas o progresso foi significativo", ressalvando, no entanto, haver "ainda muito trabalho a ser feito".
Em 2014, os Estados Unidos assumiram a liderança de uma coligação internacional para expulsar o EI do Iraque e da Síria e Washington e aliados continuaram a apoiar as forças iraquianas com ataques aéreos, operações de vigilância e treino para evitar o ressurgimento dos 'jihadistas'.
No último ano as forças norte-americanas no Iraque têm sido alvo de dezenas de ataques que Washington atribui a milícias próximas do Irão, país inimigo dos Estados e que há muito pede a saída de todos os soldados norte-americanos do Médio Oriente.
A tensão entre Washington e Teerão subiu quando em janeiro os norte-americanos mataram em Bagdad o poderoso general iraniano Qassem Suleimani e o iraquiano Abu Mehdi al-Muhandis, chefe operacional do Hachd al-Chaabi, uma coligação de paramilitares pró-Irão?????, levando os deputados xiitas iraquianos a votarem a expulsão dos soldados estrangeiros do país, incluindo os dos Estados Unidos.
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