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Polícia chinesa detém pelo menos 23 pessoas após protestos na Mongólia

A polícia da região chinesa da Mongólia Interior deteve pelo menos 23 pessoas, após a ocorrência de raros protestos públicos contra uma nova política de educação bilíngue suscetível de ameaçar a língua mongol na região.

Polícia chinesa detém pelo menos 23 pessoas após protestos na Mongólia
Notícias ao Minuto

11:39 - 08/09/20 por Lusa

Mundo China

As 23 detenções foram feitas em oito vilas diferentes da região, segundo uma contagem realizada pela agência Associated Press, com base em informações difundidas pela policial local.

Os motivos de detenção variam entre "organizar e coletar assinaturas para uma petição" e "causar distúrbios".

A política, anunciada na semana passada, antes do início do novo ano letivo, exige que as escolas usem novos livros didáticos em chinês, substituindo os livros em língua mongol.

A medida, que foi já aplicada em outras regiões habitadas por minorias étnicas, como Xinjiang e Tibete, em 2017, gerou manifestações e greve às aulas por parte de membros da etnia mongol em pelo menos cinco cidades ou vilas da Mongólia Interior.

Outros foram detidos por terem "insultado flagrantemente um ex-líder do país" e "partilharem vídeos num grupo [da rede social] WeChat com o objetivo de obstruir a implementação da política nacional".

O governo local também está a exercer pressão sobre os funcionários. As autoridades anunciaram no sábado que suspenderam dois membros do Partido Comunista por não cumprirem a política para o ensino.

A polícia da cidade de Chifeng disse ainda na segunda-feira que entregou membros do Partido Comunista, incluindo dois professores do ensino fundamental, a um comité disciplinar do partido para investigação.

O governo intensificou ainda as mensagens positivas sobre a nova política.

"Ainda há muitos jovens, pessoas de meia-idade e pastores que não podem usar o mandarim em comunicação básica", escreveu numa sessão de perguntas e respostas o jornal Inner Mongolia Daily, que é apoiado pelo Estado.

"Isso tornou-se um obstáculo para tirar os indivíduos da pobreza, impactando o desenvolvimento económico e social local, e um fator importante que limita a unidade étnica e harmonia na nossa região", acrescentou.

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