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Bielorrússia. Líder da oposição no exílio exige libertação de Kolesnikova

A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, exigiu hoje a libertação imediata da sua colaboradora e líder do movimento de protesto Maria Kolesnikova, que foi detida na fronteira com a Ucrânia.

Bielorrússia. Líder da oposição no exílio exige libertação de Kolesnikova
Notícias ao Minuto

10:30 - 08/09/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

"Maria Kolésnikova tem de ser libertada imediatamente, assim como todos os membros do Conselho Coordenador (para a transferência pacífica do poder) e os presos políticos anteriormente detidos", afirmou Svetlana Tikhanovskaya, num comunicado divulgado na Lituânia, onde está exilada desde que foi anunciado o resultado das eleições presidenciais de 09 de agosto.

"A missão do Conselho de Coordenação é ser uma plataforma para negociações. Não há outra solução e (o Presidente da Bielorrússia, Alexander) Lukashenko tem de perceber isso", acrescentou.

"Não se pode manter pessoas como reféns. Ao sequestrar pessoas em plena luz do dia, Lukashenko mostra fraqueza e medo", acusou Tikhanovskaya.

O Comité das Fronteiras Bielorrussas confirmou hoje a detenção da dirigente da oposição Maria Kolesnikova, raptada na segunda-feira no centro de Minsk por vários homens mascarados, que a colocaram numa carrinha e a levaram para um destino desconhecido.

O vice-ministro do Interior da Ucrânia, Anton Gueraschenko, disse, numa mensagem publicada na sua página do Facebook, que Kolesnikova tinha sido "retirada à força" da Bielorrússia juntamente com dois outros membros do Conselho de Coordenação, Anton Rodnenkov e Ivan Kravtsov, que na segunda-feira também estavam desaparecidos.

Estes dois membros do Conselho Coordenador estão atualmente na Ucrânia, segundo o serviço de fronteiras daquele país.

Kolesnikova terá sido levada de Minsk no mesmo carro onde já estavam Rodnenkov e Kravtsov, segundo avançou hoje a agência de notícias Interfax-Ucrânia, mas não pôde sair do país porque rasgou o seu passaporte e os guardas fronteiriços da Ucrânia não lhe permitiram entrar.

"A Maria Kolesnikova não foi retirada da Bielorrússia. Esta mulher corajosa conseguiu impedir a sua passagem na fronteira e ficou no território da República da Bielorrússia", referiu o ministro ucraniano.

Segundo a agência Belta, órgão oficial da Bielorrússia, a líder da oposição foi presa na fronteira com a Ucrânia quando tentava sair ilegalmente do país.

Kolesnikova, membro do Conselho de Coordenação, é a única das três mulheres que enfrentaram o Presidente Alexander Lukashenko na campanha para as presidenciais que continua em Minsk, já que a líder da oposição, Svetlana Tikhanovskaya, e Veronika Tsepkalo partiram para o exílio depois das eleições.

Dos sete membros do Conselho de Coordenação, apenas dois - o jurista Maxim Znak e a escritora Prémio Nobel de Literatura Svetlana Alexievich -- continuam em liberdade na Bielorrússia.

A Bielorrússia tem sido palco de várias manifestações desde 09 de agosto, quando Alexander Lukashenko conquistou um sexto mandato presidencial.

Nos primeiros dias de protestos, a polícia deteve cerca de 7.000 pessoas e reprimiu centenas de forma musculada, suscitando protestos internacionais e ameaça de sanções.

Os Estados Unidos, a União Europeia e diversos países vizinhos da Bielorrússia rejeitaram a recente vitória eleitoral de Lukashenko e condenaram a repressão policial, exortando Minsk a estabelecer um diálogo com a oposição.

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