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Turquia inicia manobras militares em Chipre do Norte

O exército turco iniciou hoje as suas manobras anuais na República Turca do Norte de Chipre (RTNC), entidade reconhecida apenas por Ancara, num contexto de tensões com a Grécia no leste do Mediterrâneo.

Turquia inicia manobras militares em Chipre do Norte
Notícias ao Minuto

18:06 - 06/09/20 por Lusa

Mundo Turquia

A Turquia e a Grécia, ambos membros da NATO, estão envolvidos numa disputa sobre jazidas de hidrocarbonetos detetadas no Mediterrâneo oriental, após a Turquia ter enviado para a zona em agosto um navio de exploração sísmica acompanhado de navios de guerra.

No sábado, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, avisou a Grécia para participar em negociações em torno das reivindicações territoriais no leste do Mediterrâneo ou enfrentar as consequências.

"Vão entender, seja pela linguagem da política e da diplomacia, seja no terreno através de dolorosas experiências", preveniu Erdogan num discurso transmitido pela televisão.

Dois dias antes, a NATO tinha anunciado que os dirigentes grego e turco tinham aceitado iniciar "negociações técnicas" para evitar incidentes entre as respetivas marinhas, mas Atenas negou depois estar pronta para participar nas discussões.

As manobras iniciadas hoje em colaboração com as forças de segurança do Chipre do Norte designam-se de "Tempestade mediterrânica", indicou o vice-presidente turco, Fuat Oktay, na rede social Twitter.

"Os imperativos de segurança do nosso país e da RTNC são incontornáveis", escreveu Oktay.

Também através do Twitter, o Ministério da Defesa turco disse que os exercícios, que deverão decorrer até quinta-feira, estão a ser "um sucesso".

A ilha de Chipre está dividida desde 1974 na sequência de uma invasão militar da Turquia após um fracassado golpe de nacionalistas cipriotas que pretendiam a união com a Grécia: a sul encontra-se a República do Chipre, Estado membro da União Europeia, e a norte a RTNC.

Atenas e Nicósia acusam a Turquia de violar a sua soberania ao promover prospeções nas suas águas.

A crise no Mediterrâneo oriental já está incluída na agenda da cimeira europeia de 24 e 25 de setembro em Bruxelas.

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