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Antigo vereador filipino encontrado morto na cela da prisão

O antigo vereador da cidade filipina de Ozamiz, Ricardo "Ardot" Parojinog, acusado de estar ligado ao tráfico de droga, foi hoje encontrado morto na cela onde estava detido à espera de julgamento.

Antigo vereador filipino encontrado morto na cela da prisão
Notícias ao Minuto

06:03 - 04/09/20 por Lusa

Mundo Filipinas

"Parojinog foi encontrado morto às 06:00 na sua cela na esquadra de polícia de Ozamiz. Não há sinais de violência", disse o chefe da Polícia Nacional Filipina, Camilo Cascolan, numa breve declaração.

Cascolan ordenou uma investigação sobre a morte e colocou todo o pessoal do turno da noite sob custódia, para interrogatório.

Ardot, que estava detido desde julho de 2018, devia ser ouvido hoje no tribunal de Ozamiz, uma cidade na conturbada ilha de Mindanao, governada pela sua família até 2017, altura em que começou a perseguição no âmbito da campanha de guerra às drogas do Presidente filipino, Rodrigo Duterte.

Ardot é irmão de Reynaldo Parojinog Sr., que era presidente da Câmara de Ozamiz quando foi morto numa rusga em julho de 2017, juntamente com outras 15 pessoas - incluindo outro irmão e a mulher de Reynaldo -, enquanto a polícia revistava a propriedade do clã, por ordem judicial.

A rusga também levou à detenção dos filhos do presidente da Câmara, já condenado a prisão perpétua por posse de droga.

Ardot não estava na casa da família na altura da rusga e fugiu do país, pelo que Duterte impôs uma recompensa de cinco milhões de pesos (103.000 dólares) pela sua captura.

Em julho de 2018, Ardot Parojinog foi detido em Taiwan por entrar com documentos falsos e foi deportado para as Filipinas, onde foi detido enquanto aguardava julgamento por múltiplas acusações, incluindo homicídio, tráfico de droga e tráfico de armas.

Duterte apontou em várias ocasiões o clã Parojinog como "narco-políticos" a operar em Mindanao, uma região instável do sul das Filipinas, marcada pela presença de grupos rebeldes muçulmanos, milícias jihadistas e exércitos paramilitares privados.

As autoridades também os acusam de terem ordenado às suas milícias privadas que matassem agentes da polícia que se recusassem a cooperar com as suas operações ilegais.

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