Nações Unidas anunciam destacamento de tropas para o Sudão do Sul
A missão de manutenção da paz das Nações Unidas no Sudão do Sul anunciou hoje o destacamento de tropas para uma região no sul do país, onde ressurgiu a violência de grupos rebeldes contra civis e trabalhadores humanitários.
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O envio das forças de manutenção da paz para estabelecer uma nova base na região do Equador surge após vários ataques registados esta semana a caravanas humanitárias que causaram a morte a dois civis, e uma emboscada em finais de agosto em que foram mortos guarda-costas de um dos cinco vice-presidentes do país.
A base ficará localizada em Lobonok, cerca de 110 quilómetros a sudeste da capital Juba, numa área onde os combates entre forças governamentais e os grupos rebeldes não signatários do acordo de paz de 2018 estão a aumentar, disse o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Sudão do Sul, David Shearer.
"Isto permitir-nos-á assegurar uma presença protetora na região", disse o chefe da missão da ONU no Sul do Sudão (UNMIS), que tem 14.000 soldados no país.
A nova vaga de violência é atribuída à Frente Nacional de Salvação (NAS), criada pelo antigo general Thomas Cirillo Swaka, em 2017, com o objetivo de derrubar o regime do Presidente Salva Kiir.
O NAS reivindicou a responsabilidade pela emboscada perto de Lobonok.
Acredita-se também que membros do NAS estão por detrás do ataque de terça-feira a uma caravana humanitária, no qual dois civis foram mortos e quatro outros ficaram feridos, juntamente com ataques semelhantes nos últimos dias.
O NAS recusou-se a assinar o acordo de paz de setembro de 2018, que levou à formação de um Governo de unidade nacional em março de 2020.
Desde então, o Sudão do Sul tem lutado por recuperar de uma guerra civil de seis anos que matou mais de 380.000 pessoas e causou uma grave crise humanitária.
Os combates entre tropas governamentais e grupos rebeldes continuam, no entanto, particularmente no Sul.
Em fevereiro, Cirillo assinou um cessar-fogo com o Governo como membro da Aliança de Oposição do Sul do Sudão (SSOMA) e concordou em permitir que a ajuda humanitária entrasse na região, que se encontra numa situação de extrema necessidade.
Recentemente, porém, os combates recomeçaram e o NAS aconselhou os civis a evitarem as estradas principais.
"Esta violência está a causar enorme tensão na região e a pôr em perigo a vida de civis", advertiu Shearer, apelando a ambas as partes para que respeitem o cessar-fogo.
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