Primeiro-ministro do Líbano inicia consultas para novo governo
O novo primeiro-ministro Líbano, Mustafa Adib, iniciou hoje as consultas parlamentares para a formação do novo governo para que sejam aplicadas reformas urgentes no país que enfrenta uma grave crise política e económica.
© Reuters
Mundo Líbano
Os processos de formação dos novos executivos no Líbano costumam prolongar-se durante vários meses.
O Líbano é um país marcado pela presença de várias confissões religiosas e é governado por um sistema político complexo de partilha de poderes.
Mesmo assim, a pressão internacional, nomeadamente de França, antiga potência administrante, e a contestação local que aumentou após a trágica explosão no porto de Beirute, no dia 04 de agosto, tornando urgente a necessidade de reformas para que o país consiga sair da crise política e enfrentar os problemas económicos.
O último governo, formado em janeiro, está demissionário na sequência da explosão que destruiu vários quarteirões da capital e que provocou 188 mortos e ferimentos em milhares de pessoas.
O novo primeiro-ministro, designado na segunda-feira, deve encontrar-se hoje com o presidente do Parlamento e com os representantes dos grupos parlamentares.
Diplomata pouco conhecido, Adid, de 48 anos, foi designado poucas horas antes da chegada do presidente francês, Emmanuel Macron, a Beirute.
O chefe de Estado francês disse ter garantias por parte do novo primeiro-ministro designado do Líbano de que o governo vai ser formado nos "próximos 15 dias".
Macron anunciou igualmente que pretende voltar a visitar o país em dezembro para acompanhar os "progressos realizados".
Hoje, o secretário de Estado adjunto norte-americano para os Assuntos do Médio Oriente, David Schenker, é esperado em Beirute para "exortar os dirigentes libaneses a aplicar reformas que consigam dar respostas aos anseios do povo".
Os movimentos de contestação que começaram em outubro de 2019 acusam os políticos libaneses de corrupção e incompetência e já demonstraram rejeição em relação ao novo primeiro-ministro.
Na terça-feira, centenas de pessoas manifestaram-se no centro da capital exigindo o fim do sistema confessional e pediram a implementação de um Estado laico no país.
A concentração ficou marcada por confrontos que obrigaram a intervenção da polícia.
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