Pequim adverte República Checa que pagará caro por visita a Taiwan
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China avisou hoje a República Checa que pagará "caro" por "desafiar o princípio de 'uma China'", com a visita a Taiwan de uma delegação checa chefiada pelo presidente do senado.
© Reuters
Mundo Diplomacia
"Desafiar o princípio de 'uma China' é equivalente a tornar-se no inimigo de 1,4 mil milhões de chineses", advertiu Wang Yi, durante a atual viagem pela Europa, em declarações publicadas hoje pelo ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
O reconhecimento daquele princípio é visto por Pequim como uma garantia de que Taiwan é parte do seu território. A ilha funciona como uma entidade política soberana, apesar do regime chinês considerar que está sob a sua soberania.
O corte de laços diplomáticos com Taiwan é tido como a base para manter relações e contactos oficiais com Pequim.
Wang frisou que Taiwan é "parte inalienável" da China.
Para o ministro chinês, a visita da delegação checa liderada por Milos Vystrcil, "e das forças contra a China por trás dela", é "um ato de traição internacional".
"O Governo e o povo chinês não vão ignorar ou esperar por isso e devem fazer com que paguem caro pela sua falta de visão e especulação política", advertiu Wang.
A delegação checa, composta por 89 pessoas, desembarcou no Aeroporto Internacional de Taoyuan, em Taipé, onde foram recebidos pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Joseph Wu.
A visita oficial de Vystrcil e de outros líderes políticos e empresariais checos está programada durar até à próxima sexta-feira, 04 de setembro, quando os representantes checos se vão reunir com as autoridades taiwanesas e participar em feiras comerciais.
Vystrcil tem hoje programado um discurso "sobre liberdade, democracia e cooperação económica" entre os dois países, para estudantes os da Universidade Nacional de Chengchi, segundo a agência de notícias taiwanesa CNA.
Entre a delegação checa está o presidente da câmara de Praga, Zdenek Hrib, que já teve um desentendimento com as autoridades chinesas, no final do ano passado, devido a um incidente que levou à rutura da geminação entre as duas capitais, já que Pequim queria que o acordo cultural incluísse o compromisso de Praga com o princípio "uma China".
"Está claro que a chantagem é uma ferramenta padrão da República Popular da China", disse então Hrib, em entrevista à agência Efe.
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