As vítimas foram identificadas como Wílmer Andrés e Edil Alfonso Ramírez Martínez, que, segundo os seus familiares estavam desaparecidos desde quinta-feira, em Tarazá, cidade na região conturbada do Baixo Cauca, cerca de 400 quilómetros a norte de Medellín, a capital regional.

O comandante da Polícia de Antioquia, coronel Ever Yovanni Gómez Reyes, explicou que os familiares dos irmãos Ramírez Martínez afirmam que os jovens tinham recebido ameaças de um grupo armado.

"Em 15 de julho, os pais das vítimas ativaram a rota de evacuação, com o acompanhamento da Personería Municipal e outras entidades governamentais, para que os seus filhos saíssem do município [Tarazá] para a cidade de Medellín, uma vez que estes jovens tinham recebido ameaças, aparentemente por sujeitos pertencentes a um grupo armado", disse um oficial da polícia.

No entanto, os jovens regressaram recentemente à cidade e, segundo o secretário do governo de Tarazá, Deibyson Montero, disse à RCN Radio, "foram falar com as autoridades para retirar as queixas, apesar de as rotas [de evacuação] terem sido ativadas a partir das instituições".

O responsável acrescentou que "desde que saíram do escritório, não houve mais notícias deles, apenas que não chegaram ao local onde estavam a trabalhar com o pai, numa instalação de manutenção de equipamento de refrigeração".

Este é o terceiro crime violento que ocorreu em Antioquia em menos de uma semana, desde que três jovens foram massacrados no domingo na cidade de Veneza e na sexta-feira três outros encontraram o mesmo destino no município dos Andes.

O assassinato dos gémeos ocorre numa altura em que a Colômbia está em choque com nove massacres nas últimas três semanas que deixaram 43 mortos, muitos deles jovens, nos departamentos de Nariño, Valle del Cauca, Arauca, Antioquia, Cauca e Norte de Santander.

Também um líder das FARC, o partido fundado pela antiga guerrilha marxista, foi morto na sexta-feira por rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN), em Montecristo, no norte da Colômbia, disse hoje o antigo grupo de guerrilha.

Jorge Iván Ramos, 52 anos, um veterano das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), sofreu uma emboscada levada a cabo "por quatro homens do ELN que o amarraram, o fizeram andar durante uma hora e depois o assassinaram", afirmou Edgar Viejo, outro ex-membro das FARC, citado pela agência France-Presse.

Jorge Iván Ramos, que era agora o líder das Forças Comuns Revolucionárias Alternativas (FARC), partido político colombiano fundado em 2017 pela antiga guerrilha, tinha acabado de inspecionar uma das propriedades que se tinha comprometido a entregar como indemnização pelas vítimas causadas na Colômbia, esclareceu o antigo veterano.

As autoridades da Colômbia não fizeram, até agora, qualquer comentário sobre este alegado assassinato, que teve lugar numa zona controlada pelo ELN.

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