"Lamento bastante a sua demissão e desejo o melhor possível para a sua saúde", disse Merkel numa conferência de imprensa em Berlim.
"Trabalhámos sempre muito bem juntos. Ele foi sempre alguém muito empenhado no combate pelo multilateralismo", acrescentou a chanceler, frisando partilhar com Abe uma "base comum de valores".
O primeiro-ministro do Japão, no cargo desde 2012, anunciou hoje a demissão por razões de saúde.
Shinzo Abe tornou-se o primeiro-ministro mais jovem do Japão em 2006, aos 52 anos, mas sua primeira passagem terminou abruptamente um ano depois, já devido à doença inflamatória intestinal que agora o volta a afastar.
De regresso ao cargo seis anos depois, lidera o Governo japonês desde final 2012, um recorde de longevidade para um primeiro-ministro japonês.
Questionado hoje pelos jornalistas, Abe escusou-se a avançar nomes para a sua sucessão ou a data em que abandonará o cargo, no qual deverá permanecer até que um novo líder do partido no poder, o Partido Liberal Democrático, seja eleito e o seu nome formalmente aprovado como primeiro-ministro pela câmara baixa do parlamento.
Shigeru Ishiba, um ex-ministro da defesa, de 63 anos, rival de Abe, é o líder favorito nas sondagens entre os potenciais sucessores, embora seja menos popular dentro do partido no poder.
