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EUA acusam Pequim de atos "desestabilizadores" no mar do Sul

Os Estados Unidos acusaram hoje Pequim de, ao disparar mísseis, promover atos "desestabilizadores" no mar do Sul da China, numa região em que vários países disputam a soberania de ilhas estratégicas.

EUA acusam Pequim de atos "desestabilizadores" no mar do Sul
Notícias ao Minuto

20:41 - 27/08/20 por Lusa

Mundo EUA

Num comunicado, o Pentágono, sede do Departamento da Defesa norte-americano, sublinha que realizar exercícios militares no mar do Sul da China "tem um efeito contrários ao apaziguamento das tensões" e à "manutenção da estabilidade".

O Departamento da Defesa norte-americano alude em particular ao arquipélago das Paraceles, controlado por Pequim, mas também reivindicado pelo Vietname.

Desde o início de julho que o Pentágono se afirma "preocupado" com as manobras militares chineses naquele arquipélago estratégico, para onde os Estados Unidos enviam regularmente navios de guerra para garantir a "liberdade de circulação".

Segundo reporta hoje um jornal de Hong Kong, o exército chinês lançou dois mísseis para o mar do sul da China, incluindo um "destruidor de porta-aviões", que analistas sugerem ter como alvo as forças norte-americanas na região.

Os mísseis DF-26B e DF-21D disparados na quarta-feira tiveram como alvo uma área entre a província insular de Hainan e as ilhas Paracel, avançou o jornal South China Morning Post, que cita fontes não identificadas próximas do Exército de Libertação Popular, as forças armadas chinesas.

Os ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da China não confirmaram a informação.

As disputas pela soberania do mar do Sul da China, uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo, são cada vez mais fonte de tensão entre Pequim e Washington e os países do sudeste asiático.

Washington rejeitou este ano a maioria das reivindicações de Pequim de soberania sobre a quase totalidade do mar, que é também disputado pelo Vietname, Filipinas ou Malásia.

O lançamento dos mísseis na quarta-feira surgiram após reclamações chinesas de que um avião de espionagem dos EUA, o U2, entrou numa "zona de exclusão aérea" declarada por Pequim durante um exercício militar no norte do país.

O DF-21 é altamente preciso e foi apelidado de "destruidor de porta-aviões" por analistas militares, que acreditam que foi desenvolvido tendo como alvo os porta-aviões dos EUA que se envolvam num potencial conflito com a China.

Pequim tem aumentado consecutivamente o orçamento da Defesa, ao longo das últimas duas décadas, visando desenvolver mísseis, aviões de combate, submarinos nucleares e outras armas que lhe permitam expandir o seu alcance militar para além das regiões costeiras.

O DF-26B foi lançado da província de Qinghai, no noroeste do país, enquanto o DF-21D foi disparado a partir da província de Zhejiang, na costa leste, avançou o South China Morning Post.

Acredita-se que o DF-26 é capaz de transportar ogivas nucleares ou convencionais, o que violaria o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio, assinado entre Washington e Moscovo durante a Guerra Fria.

O Governo de Donald Trump citou o desenvolvimento do DF-26 e de armas similares pela China quando se retirou daquele tratado no ano passado.

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