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Jornalistas e ativistas organizam campanha de angariação de fundos

Jornalistas e ativistas estão a organizar uma campanha de angariação de fundos para o Canal De Moçambique, que teve a sua redação destruída após um incêndio provocado por fogo posto, disse hoje à Lusa a coordenadora da iniciativa.

Jornalistas e ativistas organizam campanha de angariação de fundos
Notícias ao Minuto

13:58 - 25/08/20 por Lusa

Mundo Canal De Moçambique

"Fazemos este movimento de solidariedade porque pensamos que não se pode matar a nossa democracia calando a imprensa e cada um de nós tem obrigação de lutar pela continuidade das liberdades individuais, de expressão e imprensa, que são garantias constitucionais", disse Elisa Comé, coordenadora da campanha, designada "Juntos Pelo Canal".

A redação do semanário Canal de Moçambique, localizada no centro de Maputo, ficou destruída, após desconhecidos terem ateado fogo na noite de domingo.

A campanha, difundida através de plataformas das redes sociais, visa apoiar a reposição do material necessário para o funcionamento da redação do Canal de Moçambique, que atualmente tem recorrido ao pátio do seu edifício para garantir os serviços mínimos.

"E em paralelo ao movimento público, organizamos uma forma de apoio como jornalistas, onde todos os colegas estão a canalizar o seu apoio e posteriormente faremos lá chegar", acrescentou.

Várias entidades nacionais e internacionais já condenaram o incêndio à redação do Canal de Moçambique, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, também condenou o acontecimento e exigiu que os autores sejam levados à justiça.

O jornal Canal de Moçambique é um dos principais semanários do país e tem-se destacado por trabalhar em matérias como corrupção.

O jornal já foi várias vezes alvo de processos judiciais por alegada calúnia e o seu editor executivo, Matias Guente, foi recentemente intimado pela Procuradoria-Geral da República para responder a perguntas sobre textos que o semanário escreveu envolvendo contratos na área de segurança entre o Governo e as multinacionais petrolíferas que operam na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

No final do último ano, Matias Guente escapou a uma tentativa de rapto em Maputo, um episódio ainda por esclarecer e que também gerou repúdio por parte de várias entidades moçambicanas e internacionais.

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