Em breve não haverá nada a fazer para impedir a extinção da nossa espécie às mãos das alterações climáticas. Esta é a afirmação de um cientista do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e que elencou cinco formas como a humanidade se pode salvar do apocalipse climático.

Asegun Henry, um engenheiro mecânico, diz que o desafio está na forma como consumimos energia. "Estes cinco grandes desafios, se resolvidos, podem literalmente alterar o curso da humanidade", explicou numa entrevista, citada pelo New York Post. 

Juntamente com outros dois especialistas em energia térmica, Henry publicou a pesquisa na revista Nature Energy, na semana passada. Nela discutem cinco maneiras de a humanidade reinventar a forma como é feito o transporte, armazenamento, conversão e uso da energia térmica. Ao fazer essas alterações, segundo dizem, seria um grande passo para evitar o aumento da temperatura global em mais de 2ºC.

"Temos cerca de 20 a 30 anos para continuar com a nossa vida igual, antes de nos encontrarmos num caminho de onde não podemos escapar e onde a temperatura está a aumentar".

Entre os cinco desafios propostos pela equipa está, por exemplo, a forma como funcionam o ar condicionado e os frigoríficos. Atualmente, a tecnologia de arrefecimento baseia-se em químicos que danificam a atmosfera. Henry sugere ainda que é necessário encontrar uma forma de reduzir o desperdício de energia ao criar métodos para 'guardar' o excesso nas redes elétricas.

Outro dos desafios é abandonar o cimento, cuja criação liberta massas de gases de efeito de estufa. Caso seja utilizado nas paredes, o desafio prende-se com permitir um melhor armazenamento e libertação de calor nas casas.

Finalmente, querem ainda encontrar novas formas de transportar calor por longas distâncias através de fios - como a eletricidade - dessa forma seria possível reduzir o desperdício de energia.

Sem dar resposta a estes objetivos, a humanidade está a levar a Terra para além do que é sustentável e onde os efeitos das alterações climáticas serão irreversíveis. "Precisamos de mudanças dramáticas, não ontem, mas há anos", atirou Henry, acrescentando: "todos os dias temo que seja demasiado tarde".

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