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Hong Kong. Trump classifica Jimmy Lai como "homem corajoso"

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou na quarta-feira o magnata dos media de Hong Kong Jimmy Lai, detido na semana passada por algumas horas, como um "homem corajoso".

Hong Kong. Trump classifica Jimmy Lai como "homem corajoso"
Notícias ao Minuto

00:08 - 20/08/20 por Lusa

Mundo Hong Kong

Citado pela Agência France-Presse (AFP), Donald Trump disse que Lai "é certamente um homem corajoso".

Jimmy Lai, de 72 anos, é o proprietário de duas publicações pró-democracia frequentemente críticas de Pequim, o diário Apple Daily e o Next Magazine.

Visto por numerosos habitantes de Hong Kong como um herói e único magnata do território crítico de Pequim, Jimmy Lai é descrito nos meios de comunicação oficiais chineses como "um traidor", que inspirou as manifestações pró-democracia realizadas na região chinesa, e o líder de um grupo de personalidades acusadas de conspirar com nações estrangeiras para prejudicar a China.

Em 12 de agosto, Lai, proprietário do jornal Apple Daily, instou os jornalistas a continuarem a lutar, um dia depois de ser libertado sob caução.

O magnata, que tinha sido detido por suspeita de conluio com forças estrangeiras, ao abrigo da lei de segurança nacional, foi recebido com aplausos e ovações na redação do jornal, após 40 horas sob custódia policial.

Na quarta-feira, o Governo dos EUA suspendeu três acordos bilaterais com Hong Kong que facilitavam a extradição de prisioneiros e certas isenções fiscais, em resposta à imposição de "medidas drásticas" pela China que afetam a região.

"O Partido Comunista Chinês tomou medidas drásticas para desgastar o elevado grau de autonomia que Pequim prometeu ao Reino Unido e ao povo de Hong Kong durante 50 anos", disse o Departamento de Estado, em comunicado.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, lamentou na sua conta na rede social Twitter que a China tenha decidido "esmagar as liberdades e a autonomia de Hong Kong".

Os três acordos suspensos visavam a entrega de fugitivos, a transferência e condenação de prisioneiros e isenções fiscais recíprocas sobre as receitas dos transportes marítimos internacionais.

Hong Kong regressou à soberania da China em 1997, com um acordo que garante ao território 50 anos de autonomia a nível executivo, legislativo e judicial, bem como liberdades desconhecidas no resto do país, ao abrigo do princípio "um país, dois sistemas", também aplicado em Macau, sob administração chinesa desde 1999.

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