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Nicarágua defende que se invista mais na saúde do que em bombas atómicas

O Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, instou hoje os países desenvolvidos a investir mais na saúde do que em bombas atómicas, porque a covid-19 expôs a vulnerabilidade do sistema capitalista.

Nicarágua defende que se invista mais na saúde do que em bombas atómicas
Notícias ao Minuto

23:32 - 19/08/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Num ato oficial, por ocasião do 41.º aniversário do Corpo Médico Militar, Ortega disse que a pandemia do novo coronavírus, além de causar milhares de mortes e pânico, "levou à paralisia do planeta".

"Nesta guerra que estamos a viver ninguém escapa. E quem é o inimigo? Bem, um vírus, dos muitos vírus que atacaram a humanidade, que afetaram a humanidade, que já causaram milhares e milhões de mortes em outros tempos", referiu.

O Presidente sublinhou que a covid-19 surgiu e atacou "a fantasia do mundo capitalista nos processos de globalização" e que também causou grandes dificuldades aos países desenvolvidos.

"E de que lhes servem as bombas atómicas? Vão atirar bombas atómicas ao vírus? As suas armas mais sofisticadas e aquelas que continuam a desenvolver para dominar militarmente o espaço, vão usá-las para destruir o vírus?", questionou.

Daniel Ortega considerou que a questão da saúde a nível global deveria ser profundamente revista, "em particular os países capitalistas mais desenvolvidos têm de a rever e considerar novas estratégias, programas e projetos".

"Que isso os leve a concluir que, em vez de encher o planeta com bombas atómicas, temos de o encher com cuidados médicos, trabalho, alimentação, educação, para que a medicina preventiva possa ser consolidada", enfatizou.

O Presidente da Nicarágua advogou que se deve investir "em hospitais, em postos de saúde, em centros de saúde, em tecnologias".

Para Ortega, "a grande lição a tirar desta epidemia é que o mundo capitalista, que se achava invencível, porque foi e ainda é detentor do poder económico, poder militar, desenvolvimento da ciência e tecnologia", o que o fez sentir-se forte, poderoso, seguro e calmo, já não o é.

"Essa segurança já não pode existir a partir do momento em que esta pandemia da covid-19 se instalou no mundo. Isto exige, portanto, uma mudança nas políticas económicas, comerciais e sociais, para que possamos ter um sistema de saúde que seja verdadeiramente capaz de lidar com vírus como este e outros que possam surgir a qualquer momento", acrescentou.

A Nicarágua registou 133 mortes de infetados por covid-19 e 4.311 casos positivos, segundo dados do Ministério da Saúde.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 781.194 mortos e infetou mais de 22,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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