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Mediterrâneo Oriental. Fragata turca e navio grego colidiram há 1 semana

Uma fragata turca e um navio grego colidiram na semana passada no Mediterrâneo Oriental, indicou hoje à agência noticiosa France-Presse (AFP) fonte militar grega, que confirmou a informação avançada pela imprensa de Atenas.

Mediterrâneo Oriental. Fragata turca e navio grego colidiram há 1 semana
Notícias ao Minuto

17:50 - 19/08/20 por Lusa

Mundo Colisão

O diário grego Kathimerini publicou hoje a fotografia de uma fragata turca danificada, mas a fonte militar, apesar de confirmar o acidente, não adiantou pormenores.

Segundo o influente diário grego, a colisão ocorreu há precisamente uma semana (12 deste mês) após "um erro na manobra" da fragata turca "Kemal Reis", que tentava "desimpedir" a navegação do navio grego "Limnos".

"A manobra foi mal calculada e, em consequência, a proa do 'Limnos' embateu e danificou o 'Kamal Reis'", refere o diário ateniense.

As tensões entre Ancara e a Grécia agravaram-se depois de a Turquia ter enviado, a 10 deste mês, o navio "Oruç Reis" para efetuar explorações de hidrocarbonetos numa zona ao largo da ilha grega de Kastellorizo, no sudeste do Mar Egeu.

Vários navios de guerra turcos acompanharam o "Oruç Reis", entre eles a fragata "Kamal Reis".

A Grécia, por seu lado, enviou os seus próprios navios de guerra para a zona para vigiar as atividades turcas, consideras por Atenas como "uma provocação", tendo apelado a Ancara para se retirar da zona.

A 13 deste mês, o Presidente da Turquia, Recep Erdogan, indicou que um "ataque" contra um navio de pesquisa de hidrocarbonetos turco numa zona disputada pelos dois países no Mediterrâneo Oriental iria "custar bem caro", deixando já entender que tinha ocorrido um incidente.

Por seu lado, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, alertou há uma semana para o risco de acidentes "quando existe uma grande concentração de forças militares numa zona limitada".

"Nesse caso, a responsabilidade recai sobre quem provoca essas condições", acrescentou.

Atenas deu, entretanto, início a uma "maratona" diplomática junto dos parceiros europeus e dos Estados Unidos para que condenem as atividades turcas, que consideram "ilegais".

Domingo, o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, apelou a Ancara para que cesse "imediatamente" as pesquisas de hidrocarbonetos no Mediterrâneo.

Ancara reivindica uma grande área do Mediterrâneo Oriental como sua Zona Económica Exclusiva (ZEE), argumentando que as ilhas gregas -- nos mares Egeu e Jónio existem também cerca de 200 ilhéus desabitados - não podem servir de base para delimitar a zona exclusiva helénica, posição contestada por Atenas e pela UE.

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