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CEDEAO encerra fronteiras com o Mali e defende sanções para golpistas

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu, terça-feira à noite, fechar as fronteiras terrestres e aéreas com o Mali e apelou à implementação de sanções contra "todos os golpistas, parceiros e colaboradores".

CEDEAO encerra fronteiras com o Mali e defende sanções para golpistas
Notícias ao Minuto

06:43 - 19/08/20 por Lusa

Mundo Mali

O Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita e alguns membros do seu Governo foram detidos ao final da tarde de terça-feira, durante uma revolta por militares.

"Após este golpe pelos militares do Mali, que, provavelmente, terá um impacto negativo na paz e estabilidade do país, a CEDEAO [...] decidiu encerrar todas as fronteiras terrestres e aéreas [com o Mali] e interromper todos os fluxos de transações económicas, comerciais e financeiras entre os países", lê-se num comunicado desta organização regional, a que a agência Lusa teve acesso.

Paralelamente, a CEDEAO apelou à "implementação imediata" de um conjunto de sanções contra os responsáveis pelo golpe militar.

No documento, a organização relembrou que os militares são responsáveis pela "segurança e proteção" do Presidente do Mali e dos restantes membros do Governo, exigindo a sua libertação.

Por outro lado, suspendeu "com efeito imediato" o Mali dos seus órgãos de decisão "até ao restabelecimento efetivo da ordem constitucional" e decidiu enviar uma delegação "de alto nível" ao país.

Os chefes de Estado da CEDEAO vão reunir-se, por videoconferência, na quinta-feira, para debater a situação no Mali.

A reunião vai ser chefiada pelo Presidente da Nigéria, Mahamadou Issoufou, país que lidera esta comunidade económica.

A CEDEAO é composta pelo Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.

O Presidente do Mali e o seu primeiro-ministro foram detidos ao final da tarde numa revolta de militares, afirmou um dos líderes do motim citado pela agência France-Presse.

"Podemos dizer-vos que o Presidente e o primeiro-ministro estão sob o nosso controlo. Prendemo-los na sua casa [do chefe de Estado, em Bamako, capital]", disse à agência noticiosa um dos líderes do motim, sob anonimato.

Portugal tem desde 01 de julho uma Força Nacional Destacada no Mali, no âmbito da Missão Multidimensional Integrada para a Estabilização do Mali (Minusma), das Nações Unidas, que inclui 63 militares da Força Aérea Portuguesa e um avião de transporte C-295.

O objetivo da missão portuguesa é assegurar missões de transporte de passageiros e carga, transporte tático em pistas não preparadas, evacuações médicas, largada de paraquedistas e vigilância aérea e garantir a segurança do campo norueguês de Bifrost, em Bamako, onde estão alojados os militares portugueses.

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