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Negociações com talibãs paradas por atrasos na libertação de presos

O processo de paz entre o Governo afegão e os talibãs está num impasse após vários países se oporem à libertação de alguns dos rebeldes cuja liberdade era condição para a retoma das negociações, explicou hoje a Presidência afegã.

Negociações com talibãs paradas por atrasos na libertação de presos
Notícias ao Minuto

17:43 - 17/08/20 por Lusa

Mundo Afeganistão

"Alguns dos nossos parceiros preocupam-se por causa de seis ou sete destes prisioneiros", disse aos jornalistas o porta-voz do Presidente, Sediq Sediqi.

"O Governo afegão trabalha com esses parceiros para responder às suas preocupações (...) e encontrar uma solução", acrescentou.

O início das negociações entre os rebeldes e o Governo afegão, que se tinha comprometido em realizar previamente uma troca de 5.000 prisioneiros talibãs contra um milhar de soldados afegãos, tem sido repetidamente adiado.

Cabul libertou até agora a maioria desses cinco mil talibãs, mas as autoridades afegãs tinham recusado, até à semana passada, soltar os 400 últimos prisioneiros, como exigido pelo grupo extremista.

A libertação desses últimos talibãs, acusados de crimes graves, foi aprovada no passado dia 09 por uma grande assembleia de dignitários afegãos ('loya jirga') e na sexta-feira as autoridades afegãs anunciaram ter começado a libertar os prisioneiros talibãs.

No entanto, alguns destes 400 detidos foram implicados em ataques que mataram afegãos e estrangeiros. Neste grupo estão 44 rebeldes particularmente vigiados pelos Estados Unidos e por outros países.

França e a Austrália opõem-se à libertação de alguns dos rebeldes, acusados de matarem cidadãos franceses e australianos no Afeganistão.

Na semana passada, os talibãs, que em julho concluíram a libertação dos 1.000 prisioneiros afegãos, tinham-se declarado prontos a iniciar conversações com Cabul na semana seguinte à libertação dos 400 detidos.

"O processo está bloqueado porque o outro lado não liberta os prisioneiros apesar das suas promessas", disse um porta-voz dos rebeldes, Suhail Shaheen, à agência France-Presse.

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