Israel considera "escandalosa" a não prorrogação do embargo ao Irão
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, criticou hoje o chumbo do Conselho de Segurança das Nações Unidas da proposta norte-americana para o prolongamento do embargo no acesso a armas por parte do Irão, considerando a decisão "escandalosa".
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Mundo Armas
"A decisão do Conselho de Segurança da ONU em não renovar o embargo iraniano sobre as armas é escandalosa. Em vez de se opor à venda de armas, o Conselho de Segurança incentiva-a", afirmou Netanyahu, em comunicado.
Aquele organismo rejeitou na sexta-feira a proposta dos Estados Unidos que visava prolongar o embargo, que expira em outubro, à venda de armas ao Irão, suscitando fortes críticas dos EUA, que consideram esta posição indesculpável.
O ministro da Defesa israelita, Benny Gantz, já tinha classificado como uma "decisão errada" a não aprovação da resolução pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"É prejudicial à estabilidade regional e à segurança global. Israel continuará a trabalhar com seus parceiros em todo o mundo e no Médio Oriente para impedir a agressão iraniana", disse Gantz, num comunicado.
Apenas dois dois quinze membros do Conselho de Segurança votaram a favor do prolongamento do embargo, colocando em evidência a divisão entre Washington e os aliados europeus desde que Donald Trump se retirou unilateralmente em maio de 2018 do acordo nuclear com o Irão.
"O terrorismo e a agressão iraniana ameaçam a paz na região e no mundo", disse Netanyahu, que garantiu que Israel vai continuar "a agir em estreita cooperação com os Estados Unidos e os países da região para bloquear a agressão iraniana".
Esta decisão deve abrir caminho para um longo confronto com repercussões no acordo internacional celebrado em 2015 para impedir Teerão de adquirir armas nucleares.
O embargo de armas ao Irão, em vigor desde o acordo nuclear alcançado em 2015, durante a administração do democrata Barack Obama nos Estados Unidos, termina em 18 de outubro deste ano.
Com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, os Estados Unidos retiraram-se do acordo nuclear em 2018, enquanto as restantes partes, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha, continuam a apoiá-lo.
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