Israel considera "erro" que ONU não prorrogue embargo de armas ao Irão
O ministro da Defesa israelita, Benny Gantz, classificou hoje uma "decisão errada" o Conselho de Segurança das Nações Unidas não ter aprovado a proposta dos Estados Unidos para estender indefinidamente o embargo de armas ao Irão.
© Reuters
Mundo Israel
"É prejudicial à estabilidade regional e à segurança global. Israel continuará a trabalhar com seus parceiros em todo o mundo e no Médio Oriente para impedir a agressão iraniana", disse Gantz num comunicado.
Os Estados Unidos só conseguiram hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas o apoio da República Dominicana para a sua proposta de resolução.
Os restantes dos quinze membros do Conselho de Segurança rejeitaram ou abstiveram-se, incluindo França, Alemanha e Grã-Bretanha.
Israel vê o Irão como uma ameaça e intervém ininterruptamente na Síria e no Líbano para impedir que este país garanta posições através de grupos pró iranianos em países vizinhos, que conquistaram posições na última década.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, criticou hoje o Conselho de Segurança das Nações Unidas por não ter "responsabilizado o Irão", permitindo que "o principal Estado que patrocina o terrorismo compre e venda armas mortais".
Pompeo referiu também que Israel e os seis países árabes do Golfo Pérsico que apoiavam a prorrogação do embargo sabiam que o Irão espalhará, ainda mais, "o caos e a destruição se o embargo expirar".
O embargo de armas ao Irão, em vigor desde o acordo nuclear alcançado em 2015, durante a administração do democrata Barack Obama nos Estados Unidos, termina em 18 de outubro deste ano.
Com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, os Estados Unidos retiraram-se do acordo nuclear em 2018, enquanto as restantes partes, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha, continuam a apoiá-lo.
O embaixador de Israel na ONU, por sua vez, considerou que a decisão do Conselho de Segurança é uma "vergonha".
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