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Governo da Bolívia considera país pacificado apesar de alguns protestos

A Presidente interina da Bolívia considera que o país alcançou a "pacificação", embora hoje ainda existem alguns protestos, sobretudo visíveis através do corte das estradas.

Governo da Bolívia considera país pacificado apesar de alguns protestos
Notícias ao Minuto

18:31 - 15/08/20 por Lusa

Mundo Bolívia

A Presidente interina, Jeanine Áñez, que discursva numa cerimónia na cidade boliviana de Cochabamba, salientou que esta pacificação foi alcançada após 12 dias contínuos de protestos contra o adiamento das eleições.

Ainda assim, a empresa pública de gestão das estradas da Bolívia informou que existem ainda uma dezena de vias cortadas devido a protestos.

Segundo a polícia de trânsito, no final desta sexta-feira eram cerca de 70.

O levantamento destes cortes facilitou o acesso à capital, La Paz, de uma coluna de camiões com oxigénio medicinal, que circulava com escolta militar, e que tinha partido de Santa Cruz na passada segunda-feira.

Segundo o Governo boliviano, pelo menos 40 pessoas morreram por falta de oxigénio motivado pelos bloqueios nas estradas. Contudo, os manifestantes garantem que a passagem de camiões com este elemento foi sempre permitida.

Inicialmente marcadas para 03 de maio, as eleições foram adiadas para 06 de setembro e depois para 18 de outubro, devido aos riscos associados à pandemia da covid-19.

Os adiamentos desencadearam tensões políticas, que persistem no país, e levaram os apoiantes do ex-Presidente boliviano Evo Morales a bloquear várias estradas.

Os protestos foram realizados pela Central Operária Boliviana e pelo Pacto de Unidade, que integra movimentos de camponeses e de indígenas próximos do Movimento para o Socialismo (MAS) de Morales.

As eleições para escolher um novo Presidente, vice-Presidente, deputados e senadores estão pendentes desde a anulação do escrutínio de outubro do ano passado, em que Morales foi declarado vencedor, entre denúncias de fraudes, ainda sob investigação judicial.

O então Presidente da Bolívia anunciou a renúncia ao cargo, decisão que denunciou ser forçada por um golpe de Estado, organizado para o privar da quarta vitória eleitoral consecutiva e para o afastar do poder, depois de quase 14 anos na chefia do país.

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