"Combatentes" russos detidos na Bielorrússia regressaram ao seu país
A Rússia anunciou hoje o regresso ao seu território de 32 russos detidos no final de julho na Bielorrússia, onde foram acusados de serem mercenários encarregados de desestabilizarem o país antes das contestadas eleições presidenciais.
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Mundo Bielorrússia
"Trinta e dois cidadãos russos, antes detidos na Bielorrússia, passaram a fronteira e encontram-se atualmente na Rússia", declarou o procurador-geral russo num comunicado. Tinha sido feito um pedido a Minsk neste sentido no início de agosto.
Segundo a mesma fonte, um outro homem detido, que também tem nacionalidade bielorrussa, ficou neste país.
Em 29 de julho, 33 russos foram detidos na Bielorrússia e apresentados como "combatentes" do grupo paramilitar Wagner, considerado próximo do Kremlin.
Minsk acusou-os de fomentarem "atos terroristas" com opositores bielorrussos antes das eleições presidenciais de 09 de agosto, acusações rejeitadas por Moscovo e pela oposição.
As detenções ocorreram em plena vaga de mobilização a favor da principal candidata contra o Presidente bielorrusso, Alexandre Lukashenko, a opositora Svetlana Tikhanoskaia, agora refugiada na Lituânia.
Historicamente aliados, Moscovo e Minsk têm relações tensas desde o final de 2019. O chefe de Estado bielorrusso acusou a Rússia de querer reduzir o seu país à condição de vassalo e de ingerência no escrutínio de 09 de agosto a favor dos seus adversários.
O Presidente russo, Vladimir Putin, no entanto, felicitou Alexandre Lukashenko após a sua reeleição no domingo para um sexto mandato, apesar das acusações de fraudes massivas e de grandes manifestações de protesto violentamente reprimidas.
Numa altura em que os protestos contra Lukashenko aumentavam na Bielorrússia, Moscovo denunciou na quinta-feira tentativas de "interferência estrangeira" visando desestabilizar o país.
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