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Pompeo diz ser uma "loucura" o Irão comprar armas

O secretário de Estado norte-americano disse hoje que seria uma "loucura" permitir que o Irão adquirisse armas, pelo que apoio internacional para evitar que o embargo contra aquele país expire em outubro, em aplicação do tratado nuclear de 2015.

Pompeo diz ser uma "loucura" o Irão comprar armas
Notícias ao Minuto

17:53 - 14/08/20 por Lusa

Mundo Pompeo

"Não podemos permitir que o Estado que é o maior patrocinador do terrorismo no mundo compre e venda armas. É simplesmente uma loucura", afirmou Mike Pompeo em Viena, onde está em visita oficial.

O chefe da diplomacia norte-americana insistiu que "não faz sentido" permitir que Teerão compre e venda armas e pediu apoio internacional para evitar que isso aconteça.

No dia 11 de agosto, Washington enviou, aos demais membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, um novo projeto de resolução para estender o embargo de armas ao Irão.

O Presidente iraniano, Hasan Rohani, apesar de ter expressado "grandes esperanças" que a tentativa dos Estados Unidos fracassasse, advertiu que, se aprovada, a resolução proposta "prejudica o JCPOA (na sigla em inglês para Pacto de Ação Conjunta Global).

"Pedimos a todos que se juntem a nós. Isto não tem nada a ver com o JCPOA. É sobre se o mundo vai permitir que o Irão compre e venda armas", insistiu Pompeo, em conferência de imprensa.

No acordo de 2015, assinado pelo Irão com a Alemanha mais os cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (França, Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e China), Teerão concordou em reduzir o seu programa nuclear para garantir que não seria capaz de produzir material para fabricar uma arma atómica.

Em troca, recebeu isenção de diversas séries de sanções aprovadas pela ONU durante os anos em que não colaborou para esclarecer se o seu programa atómico tinha ou não um fim militar.

"Vamos fazer tudo o possível, dentro das nossas ferramentas diplomáticas, para evitar que isso aconteça", prosseguiu Pompeo sobre a expiração iminente do embargo.

Os EUA abandonaram o acordo em 2018 e voltaram a impor unilateralmente sanções ao Irão, que no ano passado começou, em resposta, a romper os limites do programa atómica com o qual se comprometeu no JCPOA.

Apesar de ter denunciado o acordo, os Estados Unidos deram a entender que ainda estão oficialmente listados como signatário e poderia invocar um mecanismo para restabelecer automaticamente sanções ao Irão se violar o acordo.

Pompeo reuniu-se hoje, em Viena, com Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), responsável por monitorizar o cumprimento técnico do acordo.

O secretário de Estado ofereceu o apoio a Grossi na tarefa de verificação e pediu ao Irão que colabore com total transparência com aquele órgão da ONU.

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