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Moçambique: Japão vai apoiar as vítimas da violência

O Japão vai doar pouco mais de 93 milhões de dólares (78,6 milhões de euros) para projetos sociais destinados às vítimas de violência armada na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, anunciou hoje a embaixada nipónica em Maputo.

Moçambique: Japão vai apoiar as vítimas da violência
Notícias ao Minuto

17:43 - 14/08/20 por Lusa

Mundo Violência

Uma nota da embaixada explica que o valor vai financiar atividades viradas para gerar rendimento para as famílias atingidas pelo conflito armado, diálogo comunitário e fortalecimento da ligação entre a polícia e a comunidade.

As ações que serão cobertas pelo financiamento japonês vão beneficiar 37 mil pessoas.

"Estamos preocupados com o aumento da insegurança em Cabo Delgado, que está a afetar um número elevado de pessoas", declarou o embaixador do Japão em Maputo, Kimura Ajime, citado no comunicado.

O financiamento irá também apoiar fóruns de coordenação para garantir uma resposta integrada com impacto na coesão social e resiliência da comunidade.

A ajuda será canalizada através da Organização Internacional das Migrações (OIM), adianta a nota.

"Esta parceria chega num momento crítico para a população de Cabo Delgado, pois milhares de famílias foram forçadas a abandonar as suas casas devido à insegurança", afirmou a chefe da missão da OIM em Moçambique, Laura Tomm-Bonde.

Laura Tomm-Bonde destacou que muitas famílias viram a sua condição económica agravar-se, porque tiveram de receber nas suas casas pessoas obrigadas a fugir do conflito armado em Cabo Delgado.

Em Cabo Delgado, região onde avança o maior investimento de um projeto de gás natural em África (liderado pela Total), os ataques de grupos armados, que eclodiram em 2017 em Mocímboa da Praia, já provocaram, pelo menos, a morte de 1.059 pessoas, e algumas das ações dos grupos têm sido reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico.

De acordo com as Nações Unidas, a violência armada nesta província do norte de Moçambique forçou à fuga de 250.000 pessoas de distritos afetados pela insegurança, mais a norte da província.

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