Explosões. França quer cooperação da Rússia e do Irão no Líbano
O Presidente francês, Emmanuel Macron, falou hoje ao telefone com os homólogos da Rússia e do Irão, a quem apelou para colaborarem com a restante comunidade internacional para se restaurar a estabilidade no Líbano, indicou a Presidência francesa.
© Reuters
Mundo Líbano
Apesar de a Rússia e o Irão serem parceiros poderosos e importantes na região do Médio Oriente e de terem oferecido ajuda de emergência na sequência das devastadoras e mortíferas explosões de 04 deste mês no porto de Beirute, nenhum deles participou na conferência de doadores de domingo promovida por Macron e pela ONU para ajudar na reconstrução da capital libanesa.
No rescaldo das explosões, o Presidente francês visitou o Líbano e ofereceu a ajuda da França para a reconstrução do seu antigo protetorado.
Com o homólogo iraniano, Hassan Rohani, país que apoia o grupo xiita libanês Hezbollah, Macron afirmou que as grandes potências da região devem abster-se de interferir ou de uma escalada de tensões no Líbano enquanto se aguarda pela formação de um novo governo.
Segundo a Presidência francesa, com Vladimir Putin, Presidente russo, Macron sugeriu que a Rússia deveria apoiar o Líbano integrada nos esforços do Conselho de Segurança da ONU, em vez de ajuda bilateral.
O Governo libanês, liderado por Hassan Diab, apresentou segunda-feira a demissão, pelo que o executivo ficará em funções até a formação de um novo.
A 04 deste mês, a explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas há seis anos no porto de Beirute arrasou vários bairros da capital, provocou 171 mortes e mais de 6.000 feridos, deixando ainda mais de 300.000 pessoas sem casa e várias dezenas de desaparecidos.
Segundo o Presidente libanês, Michel Aoun, os estragos estão avaliados em 15 mil milhões de dólares (12.760 milhões de euros).
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